Nos últimos anos, muito se tem falado sobre o profissional do futuro, mas você sabe o que realmente significa esse conceito? Para começar, trata-se de uma necessidade imediata do atual mercado de trabalho e envolve diversas características, como adaptabilidade, altruísmo, liderança e resiliência.
Voltando no tempo, é possível pensar na evolução da tecnologia como um importante artifício para o processo de mecanização, de tal forma que conseguiu dominar posições que antes eram totalmente ocupadas por trabalhadores.
Apesar disso, atualmente, a tecnologia é vista como uma das principais responsáveis pela geração de novos empregos. O que muitos profissionais buscam hoje em dia é se reinventar para atender às demandas do mercado de trabalho — que, a propósito, se mostra cada vez mais competitivo e voraz.
Afinal, quem não se adapta às novas realidades impostas pelas transformações do mercado pode acabar perdendo oportunidades e ficando para trás. É partindo desse pressuposto que surge a necessidade de se entender mais sobre o profissional do futuro, que acata as transformações e tem todas as qualidades necessárias para contorná-las com sucesso. Quer saber mais sobre ele e como se tornar um? Acompanhe o nosso artigo e fique por dentro do assunto!
Quem é o profissional do futuro?
As crises econômicas e a pandemia do coronavírus, bem como a mecanização, citada anteriormente, fizeram com que o mercado de trabalho fosse bruscamente transformado ao longo do tempo. Antes mesmo da pandemia, as tendências já apontavam para uma maior inserção da tecnologia no cotidiano das pessoas. Então, esse processo foi apenas acelerado, dada a necessidade do isolamento social.
Com essa mudança de paradigma, muitas pessoas tiveram que se adaptar para acompanhar o novo modelo de trabalho. Mas, como veremos a seguir, isso não se aplica a todos os profissionais.
De acordo com estudos mais recentes, é possível categorizar profissionais em dois tipos: o primeiro é aquele que busca desenvolvimento continuamente e acompanha o ritmo das mudanças. Enquanto isso, o segundo pensa que os robôs tomarão o lugar dos trabalhadores e não visa desenvolver novas habilidades para seguir as demandas do mercado.
Baseado nessas descrições, você consegue adivinhar quem é o profissional do futuro?
Ao contrário do que muitos imaginam, a concepção de profissional do futuro não está relacionada apenas com profissões que ganharão destaque daqui a alguns anos. Na verdade, esse tipo de profissional pode estar presente em qualquer área do conhecimento.
Sendo assim, podemos descrever o profissional do futuro como aquele que consegue utilizar as mudanças que atingem o mercado de trabalho a seu favor. Portanto, trata-se de alguém versátil, que se adapta bem às mudanças constantes do mercado, e criativo, que utiliza as transformações em prol do desenvolvimento, como um motor de aprimoramento.
Seja dito de passagem, são muitas as competências do profissional do futuro, o que torna esse conceito amplo e pormenorizado, como você verá a seguir.
7 competências do profissional do futuro:
- Flexibilidade cognitiva;
- Liderança;
- Multidisciplinaridade;
- Inteligência emocional;
- Comunicação;
- Pensamento crítico;
- Criatividade.
Flexibilidade cognitiva
A capacidade de se adaptar às constantes mudanças também é conhecida como flexibilidade cognitiva. Na prática, um profissional do futuro tem aptidão para lidar com novas ferramentas e perspectivas. Ele consegue ter um olhar mais amplo na hora de criar soluções e resolver conflitos.
Sendo assim, esse profissional tem a capacidade de se adaptar a diferentes situações e acompanha as possíveis transformações da empresa com sucesso. Ele está sempre pronto para aprender novas habilidades e se mantém em constante desenvolvimento, seja pessoal e/ou profissionalmente.
Liderança
A liderança está presente em todos os tipos de áreas de atuação e permanece sendo uma das características mais buscadas por recrutadores. Líderes são capazes de manejar equipes de pessoas em benefício dos objetivos da corporação. Por isso, liderar abrange muitas outras competências, como envolver, engajar, influenciar, inspirar e incentivar pessoas.
Entretanto, é preciso salientar também o que não é liderar. Basicamente, ser líder não significa ocupar posições altas na hierarquia da empresa, tendo mais a ver com o modo de posicionamento perante outros colaboradores. Em outras palavras, líderes são respeitados pela postura que possuem e não pelo cargo que ocupam.
Com isso, dá para perceber uma diferença na mentalidade, já que antes o chefe era aquele que apenas mandava nos subalternos, visando apenas resultados e lucros, não se preocupando em motivar a equipe e tampouco “colocando a mão na massa”.
Hoje, na concepção de liderança, líder é aquele que está inserido entre os colaboradores, norteando-os, mas também fazendo parte do trabalho a ser executado.
Multidisciplinaridade
Há algum tempo, as pessoas mais valorizadas pelo mercado de trabalho eram aquelas que possuíam conhecimento e domínio de apenas uma área do conhecimento. Isso significa que antes o mercado buscava especialistas em suas áreas.
Não podemos dizer que isso mudou por completo. Na verdade, hoje, ser especialista em um assunto ainda é considerado muito importante. Masnão dá para negar que profissionais multidisciplinares têm sido cada vez mais procurados e valorizados.
Ultimamente, tem-se ouvido falar muito no conceito T-shaped. O profissional T-shaped é aquele que possui um conhecimento específico, ao passo que também detém conhecimento de diversas outras disciplinas que fazem parte de uma mesma área.
Para resumir, esse é o tipo de profissional que não se deixou limitar pela sua especificidade, mas que buscou complementá-la com outras habilidades.
Esse conceito de unir ambas capacidades tem se tornado indispensável. Afinal, profissionais especialistas podem apresentar dificuldades em agregar conhecimento em projetos de equipe. Paralelamente, profissionais generalistas podem saber sobre muitos assuntos, mas tendem a possuir um bloqueio na hora de oferecer um diferencial.
Inteligência emocional
Crises econômicas, sociais ou pessoais atingem a sociedade com certa frequência. Aliadas a esses fatores estão as mudanças, que podem ocorrer com muita rapidez. Diante de tudo isso, faz-se cada vez mais necessária a presença de profissionais focados e emocionalmente maduros. Por isso, uma das competências do profissional do futuro é a inteligência emocional para lidar com as rápidas mudanças de cenários.
Mas como ser emocionalmente mais forte? Segundo a psicanalista Amy Morin, escritora regular de revistas como a Forbes, é preciso eliminar pelo menos três hábitos destrutivos: ter pensamentos pouco saudáveis sobre nós mesmos, ter pensamentos pouco saudáveis sobre outras pessoas e ter pensamentos pouco saudáveis sobre o mundo.
Para combater esses hábitos, é preciso aprender a lidar com as emoções. Sendo assim, um bom começo é se permitir ficar triste para posteriormente seguir em frente, confiar nas próprias habilidades para lidar com as adversidades e não se comparar com os outros, mas sim com suas próprias versões anteriores.
Comunicação
Dificilmente alguém consegue realizar uma função sem precisar se comunicar com outras pessoas, seja presencialmente ou à distância. Por conta disso, uma das habilidades do profissional do futuro mais buscadas é a comunicação.
Ao contrário do que muitos imaginam, a boa comunicação não tem a ver apenas com a capacidade de conversar com todas as pessoas, mas sim com ser capaz de se fazer entender e de entender os outros. Isso deve ser alcançado através de uma comunicação clara e objetiva e do exercício da empatia com o próximo.
Segundo especialistas das áreas de Comunicação e Linguística, para se manter um diálogo eficiente, é preciso seguir algumas técnicas, como: exercitar a escuta ativa, entender a captação dos outros, escolher os termos com cautela e ter controle de entonação e volume de voz.
Pensamento crítico
O pensamento crítico é uma das qualidades mais imprescindíveis do profissional do futuro. Em suma, tem a ver com a aptidão de analisar situações de forma racional e imparcial. Sendo assim, só é possível desenvolvê-lo quando as visões e crenças pessoais são deixadas de lado.
Além disso, o pensamento crítico é indispensável para detectar a veracidade das informações. Afinal, vivemos em um mundo no qual somos bombardeados com os mais diversos tipos de informações, verdadeiras ou falsas.
Para desenvolver o pensamento crítico, é preciso pensar fora da caixa, ou seja, é necessário analisar a mesma situação de pontos de vista diferentes. Assim, é possível ter uma visão mais ampla da situação. No mais, outra dica é praticar o raciocínio lógico.
Criatividade
Para terminar, entre as habilidades do profissional do futuro também está a criatividade. Antes de mais nada, profissionais criativos são mais aptos a terem formas de pensar mais interessantes e ricas em detalhes. Além disso, pessoas criativas tendem a ser mais inovadoras, o que pode ser útil para a resolução de conflitos e geração de novas ideias.
Por que os profissional precisam se reinventar?
A necessidade de se reinventar está presente no mundo há muito tempo, sendo uma forma perspicaz de enfrentar mudanças. Como temos dito, a tecnologia causou o fim de algumas funções, mas também foi a grande responsável pelo surgimento de novas carreiras.
Antigamente, era comum que as pessoas passassem anos e anos no mesmo emprego, às vezes até no mesmo cargo, realizando as mesmas tarefas. Hoje em dia, a realidade é outra, e as relações de trabalho também.
Dadas as mudanças, muitos profissionais têm visto o seu trabalho sofrer alterações ao longo do tempo. Por isso, a necessidade de se reinventar se mostra cada vez mais premente.
Como se reinventar profissionalmente?
Antes de tudo, vale destacar que a reinvenção não acontece da mesma forma para todos os profissionais. Afinal, são muitos os fatores que podem influenciar essa ação. No entanto, há dicas que podem ser de grande valia para alcançar esse objetivo. Saiba quais são as principais dicas a seguir:
- Defina um objetivo;
- Pare de procrastinar;
- Ultrapasse a sua zona de conforto;
- Tenha disciplina;
- Especialize-se.
Defina um objetivo
Se você quer se reinventar profissionalmente, precisa traçar um objetivo claro. Afinal, você não quer se perder no meio do caminho por falta de planejamento, não é mesmo? Nessa primeira etapa, vale colocar na ponta do lápis todos os âmbitos importantes: emocional, financeiro, pessoal, profissional, entre outros.
Pare de procrastinar
Segundo definições dos principais dicionários, procrastinar é o ato de adiar alguma coisa ou prolongar uma situação. Aqui, o que se deve ter em mente é que procrastinar a reinvenção profissional não é uma boa ideia. Isso porque, como dissemos antes, as mudanças ocorrem a todo momento.
Enquanto alguns procrastinam, outros alavancam e se adaptam ao novo cenário. Se você pensa em mudar a sua perspectiva atual, agora pode ser uma boa hora.
Ultrapasse a sua zona de conforto
Para a maioria dos profissionais, sair da zona de conforto pode ser uma tarefa complicada, mas tem tudo a ver com a reinvenção. Quer se reinventar e se tornar um profissional do futuro? Comece procurando fazer sempre algo novo e pense fora da caixa. Lembre-se de algumas competências do profissional do futuro, como a criatividade e a multidisciplinaridade.
Tenha disciplina
A quarta dica para se reinventar é manter a disciplina. Após definir o seu objetivo e metas, não se esqueça de estabelecer os métodos necessários para alcançá-los. Depois disso, coloque tudo em prática e trabalhe a disciplina. Não se esqueça de que o resultado é produto da prática e da rotina.
Especialize-se
Bem como propõe o conceito T-shaped, embora a multidisciplinaridade seja valorizada, a especialização também é muito válida. Por isso, ao se reinventar profissionalmente, se especializar em uma nova área pode ser uma ótima ideia. Que tal dar lugar para uma nova habilidade?
O papel da escola na formação do profissional do futuro
Com as relações e o mercado de trabalho passando por mudanças alavancadas principalmente pela tecnologia, é comum que outros setores da sociedade também sejam impactados, como é o caso da educação.
Pensando na educação como uma das principais responsáveis pela formação de profissionais do futuro, não é bem uma novidade falar que ela também tem passado por modificações. Todas elas em prol de oportunizar aos estudantes os meios necessários à sua formação acadêmica e pessoal conforme as novas demandas do mercado de trabalho e da sociedade.
Enfoque no desenvolvimento de habilidades
Em primeiro lugar, lembre-se das competências do profissional do futuro que citamos em um tópico anterior. Com certeza é possível notar o tamanho da importância de se adquirir e desenvolver tais habilidades.
Muitas instituições de ensino optaram por focar em algumas dessas habilidades, como aquelas relacionadas à criatividade, comunicação e pensamento crítico, por exemplo.
Nesse sentido, têm-se as escolas como um ambiente de novas descobertas e aprendizados, que não estão relacionados apenas à parte do ensino convencional. Por isso, proporcionar atividades que potencializem certas habilidades faz toda a diferença para a formação de cidadãos e de profissionais do futuro preparados para enfrentar o mercado de trabalho.
Investimento em metodologias arrojadas
É claro que, para formar pessoas capacitadas, que futuramente irão competir em um mercado de trabalho, é preciso inovar no que diz respeito às metodologias de ensino.
Algumas escolas têm se desdobrado para investir em modernização de estruturas e na capacitação de professores e educadores. Afinal, oferecer uma metodologia de ensino que foge do convencional pode fazer com que os estudantes melhorem o seu desempenho, maximizando os resultados.
Apoio durante a escolha da profissão
Geralmente, é no ensino médio que os estudantes tendem a escolher a sua profissão e escolhem o seu caminho através de vestibulares. Isso por meio das suas aptidões e afinidades. É fundamental que as instituições escolares tenham competência para auxiliá-los na tomada dessa decisão.
O que acontece em algumas escolas é a abordagem de várias profissões por meio de eventos, como feiras e palestras. Além disso, uma boa prática pode ser organizar visitas a faculdades para que os alunos conheçam mais sobre elas e cursos oferecidos. Por fim, outra forma de apoiar a escolha de profissão pode ser através da orientação vocacional.
Conhecendo o mercado de trabalho na prática
É incontável a quantidade de pessoas que desconhecem as características do mercado de trabalho. Como consequência, muita gente que quer concorrer a uma vaga acaba chegando despreparada. Visando oferecer um embasamento para os alunos, as escolas podem criar empresas juniores.
Esse tipo de proposta une diversas disciplinas, promove a comunicação, incita a competição saudável e, sobretudo, aproxima os estudantes do mercado de trabalho.
A presença dos pais na formação dos profissionais do futuro
Como você deve imaginar, assim como a educação, o incentivo dos pais também é muito importante para a formação de profissionais do futuro. Afinal, eles são grandes responsáveis por incentivar os filhos ao longo de seu processo de aprendizagem.
De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa LinkedIn, os pais continuam sendo as principais influências na vida das pessoas no momento da escolha da profissão.
A linha entre ajudar e prejudicar os filhos no momento dessa decisão, no entanto, é bastante tênue, tendo em vista que muitos pais projetam suas vontades na vida de seus filhos, o que pode acabar sendo prejudicial. Então, a ideia é apoiá-los, deixando-os livres para escolher a carreira ideal de acordo com as suas próprias opiniões e perspectivas.
Para isso, vale a pena incentivar o desenvolvimento de habilidades desde a infância. Invista em brinquedos e atividades que estimulem a criatividade, o raciocínio lógico, a comunicação e a educação.
Com o passar do tempo, procure adaptar as atividades à idade. Só para exemplificar, há pesquisas que indicam que pais que valorizam a formação cultural e científica influenciam de modo positivo a relação dos filhos com o processo de aprendizagem.
Soft skills e as habilidades do profissional do futuro
Antes de saber mais sobre as principais soft skills esperadas do profissional do futuro, é preciso entender mais sobre esse conceito. Na verdade, as soft skills são aquelas habilidades relacionadas ao comportamento do profissional, ao contrário das hard skills, por exemplo, que são habilidades técnicas, ou seja, que exigem formação.
Vale destacar que as soft skills são muito valorizadas pelas empresas e recrutadores. Conforme uma pesquisa do LinkedIn, cerca de 92% dos recrutadores consideram as habilidades comportamentais indispensáveis em candidatos.
O que não é difícil de entender, visto que as soft skills fazem toda a diferença no convívio do profissional com a equipe e na obtenção de resultados positivos.
Além das principais competências citadas anteriormente, como a criatividade, o pensamento crítico, a comunicação, a liderança, a flexibilidade e a multidisciplinaridade, há muitas outras soft skills esperadas de um profissional do futuro. No decorrer dos próximos tópicos, você saberá mais sobre elas:
- Aprendizagem ativa;
- Negociação;
- Tomada de decisões;
- Autogestão;
- Organização;
- Resiliência.
Aprendizagem ativa
O profissional do futuro é aquele que se mantém constantemente atualizado. Mas, para isso, primeiro é preciso entender mais sobre as suas metodologias de aprendizado. Se você tem dificuldade em aprender, talvez a metodologia Learning by Doing seja de grande ajuda.
Ela parte do pressuposto de que, para aprender, é preciso fazer ou praticar. Em outras palavras, para aprender ativamente, é necessário unir conhecimentos teóricos e práticos. Abandone a sua zona de conforto e pratique!
Negociação
Certamente, você já deve ter ouvido falar que “Negociar é uma arte”. De fato, a negociação é o caminho para atingir objetivos, por isso, é uma soft skill muito valorizada. Um bom negociador consegue melhores prazos e condições.
Além disso, consegue convencer clientes e vender ideias. Para ser um bom profissional do futuro e um negociador de sucesso, invista no estudo, na prática, no pensamento crítico e tenha sempre um plano B.
Tomada de decisões
Na sequência, outra habilidade comportamental prestigiada é a de saber tomar as melhores decisões. No entanto, para conseguir atingir esse objetivo, é preciso estar sempre atento às variáveis. Isso sem falar na necessidade de saber interpretar e analisar dados, agindo sempre em sentido estratégico, alinhado com as demandas da empresa.
Autogestão
O profissional do futuro deve priorizar a autonomia, algo muito buscado pelo mercado de trabalho atual. Um profissional autônomo consegue cumprir as suas obrigações por conta própria. Ele torna-se mais produtivo e consegue otimizar o trabalho, gerando benefícios para a empresa.
Organização
Profissionais organizados, sem dúvida, conseguem promover benefícios. São aptos a enxergar situações com mais clareza e objetividade. No mais, também conseguem otimizar o tempo e sofrem menos com ansiedade. Por último, a organização também evita a procrastinação. Por isso, apostar no desenvolvimento dessa soft skill pode ser um diferencial.
Resiliência
A resiliência é a capacidade de se adaptar, física e emocionalmente, após passar por alguma adversidade. Dito isso, é fácil entender por que é uma soft skill tão valorizada em um profissional do futuro. Afinal, é imprescindível saber lidar com mudanças inesperadas da melhor forma possível.
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