Educação dos filhos

Bilinguísmo: o que é e por que ser bilíngue?

No Brasil, o bilinguismo está se popularizando cada vez mais, especialmente no cenário da educação. Apesar disso, ainda há muita dificuldade em encontrar um consenso na hora de definir o bilinguismo.

Via de regra, quando se fala em bilinguismo, muitas pessoas associam o termo à capacidade de falar dois idiomas. Mas veremos que o conceito pode ser muito mais abrangente.

Dada a evolução tecnológica e a facilidade de se adquirir conhecimento, novos objetivos começaram a ser traçados no processo de aprendizagem do aluno. Assim, tem-se a inserção do bilinguismo na educação.

O número de escolas bilíngues começou a crescer nos últimos anos, o que reflete a procura por esse tipo de ensino no Brasil. Se quiser saber mais detalhes sobre o bilinguismo, confira o nosso artigo de hoje e entenda sua importância.

Afinal, o que é o bilinguismo?

Antes de tudo, é preciso ter em mente que o conceito de bilinguismo ainda não é completamente definido. Inclusive, há muita divergência de significados mesmo entre os principais estudiosos da área.

Popularmente, o bilinguismo é tido como a capacidade de falar dois idiomas perfeitamente no dia a dia, sendo esse também o conceito trazido pelo dicionário Oxford.

De acordo com o dicionário Michaelis, o bilinguismo é definido como o uso frequente de duas línguas.

Muitos autores, pesquisadores e estudiosos concordam com essas definições. Em contrapartida, outros grandes nomes da área são mais ou menos específicos quanto à designação.

Só para exemplificar, há quem defenda que, para um indivíduo ser considerado bilíngue, ele precisa saber falar, ler, escrever e ouvir em um idioma diferente do seu idioma nativo. Enquanto isso, há quem diga que pessoas que possuem uma competência mínima em outro idioma também devem ser consideradas bilíngues.

Dada a falta de consenso para determinar o conceito, em 2000, o autor William F. Mackey disse que, ao se tratar de bilinguismo, era preciso considerar quatro questões importantes:

  • Grau de proficiência: o conhecimento que o indivíduo possui acerca das línguas. O nível de conhecimento não precisa ser o mesmo em todos os níveis linguísticos. Isso quer dizer que a pessoa pode falar fluentemente, mas não escrever, por exemplo;
  • Função e uso dos idiomas: dizem respeito aos momentos nos quais o idioma é utilizado (em jogos virtuais, conversando com amigos, durante a leitura…);
  • Alternância de códigos: qual a frequência da alternância entre o idioma nativo e o idioma secundário;
  • Interferência: como o idioma nativo influencia o idioma secundário e vice-versa.

Em suma, mesmo sem uma definição exata para o termo, tem-se o bilinguismo como a capacidade de falar dois idiomas diferentes, sendo um nativo e o outro secundário. Nesse sentido, é possível considerar vários níveis de bilinguismo.

Quais são os tipos de bilinguismo?

Muitas pessoas não sabem, mas existem várias categorias de bilinguismo. Nos anos 2000, os autores Josiane F. Hamers e Michel H. A. Blanc propuseram algumas definições para o bilinguismo. Conheça as definições mais relevantes e que são utilizadas até hoje:

  • Balanceado ou dominante;
  • Composto ou coordenado;
  • Simultâneo ou consecutivo.

Josiane F. Hamers é professora de Psicolinguística e Bilinguismo na Universidade de Laval, em Québec. Michel H. A. Blanc é leitor emérito de Linguística Aplicada e Bilinguismo da Universidade de Londres.

Balanceado ou dominante

Como o nome sugere, o indivíduo considerado bilíngue balanceado é aquele que possui o mesmo nível de competência linguística em ambos os idiomas. Vale destacar que isso não significa que o indivíduo precisa ter amplo conhecimento das duas línguas, mas que ele deve ser equivalente entre elas.

Por outro lado, o bilinguismo dominante envolve pessoas que possuem um conhecimento mais amplo acerca de um idioma. Em geral, bilíngues dominantes tendem a ter uma competência linguística maior sobre o seu idioma nativo.

Composto ou coordenado

No bilinguismo composto, primeiro a pessoa formula o seu pensamento em um idioma que, geralmente, é o nativo. Posteriormente, ela traduz a informação para o idioma secundário. Ou seja, a pessoa não consegue lidar independentemente com os dois idiomas.

Enquanto isso, no bilinguismo coordenado, o indivíduo consegue trabalhar com os dois idiomas de forma independente. Isto é, não precisa pensar em um idioma para depois traduzir para o idioma secundário, pois a formulação de pensamentos já ocorre naturalmente.

Simultâneo o consecutivo

Esses dois tipos de bilinguismo são observados exclusivamente em crianças. No caso do bilinguismo simultâneo, como o nome indica, a criança aprende dois idiomas simultaneamente desde que nasce.

Já no bilinguismo consecutivo, a criança aprende primeiro o seu idioma nativo e depois o idioma secundário. Geralmente, o aprendizado do segundo idioma ocorre aproximadamente aos 5 anos.

A importância do bilinguismo para alunos

A educação bilíngue é descrita como qualquer tipo de sistema escolar que planeja, instrui e ministra aulas e atividades em dois idiomas. Diferentemente de outras instituições de ensino que oferecem o inglês como disciplina, em escolas bilíngues o aluno está em contato com as duas línguas em todos os momentos.

Em geral, existem dois programas escolares principais: escolas internacionais e programas de imersão.

As escolas internacionais geralmente trabalham com duas ou mais línguas diferentes. Os alunos iniciam o processo de aprendizagem em sua língua nativa e, gradativamente, o idioma secundário vai sendo inserido no dia a dia.

Em contrapartida, escolas que utilizam o programa de imersão começam a ensinar os alunos já em um idioma secundário. Os alunos que já possuem uma língua nativa são instruídos em um segundo idioma. Vale destacar que esse tipo de programa pode inserir o idioma secundário em partes ou de maneira total.

O bilinguismo na educação tem se tornado cada vez mais importante, por isso, já é uma realidade em muitas instituições de ensino.

Via de regra, escolas bilíngues trabalham primordialmente com o inglês. Os alunos que estudam em instituições bilíngues criam uma relação mais estreita com o inglês. Isso porque eles possuem um contato mais natural com o idioma ao longo do processo de aprendizagem.

Sendo assim, nota-se a diferença entre alunos que fazem curso de inglês e alunos que estudam em escolas bilíngues. Enquanto os primeiros aprendem a utilizar o idioma socialmente, estudantes bilíngues aprendem a segunda língua com foco no âmbito acadêmico.

Principais vantagens do ensino bilíngue

Além de facilitar o processo de aprendizagem, o ensino bilíngue traz muitos outros benefícios. Conheça os principais a seguir:

  • Melhora o desenvolvimento cognitivo;
  • Trabalha a imaginação e a concentração;
  • Permite formação global;
  • Aumenta as oportunidades.

Melhora o desenvolvimento cognitivo

Estudar outra língua proporciona muitos benefícios no que diz respeito à cognição. O aluno pode desenvolver melhor habilidades de resolução de conflitos e de comunicação.

O ensino bilíngue também promove a melhora em outras áreas, como a matemática. Isso porque o aluno tende a ficar mais atento e a prestar mais atenção aos detalhes.

Trabalha a imaginação e a concentração

O ensino bilíngue estimula o aluno a enxergar as situações de maneiras diferentes. Assim, faz com que ele trabalhe mais a concentração e o raciocínio lógico, o que acaba sendo um benefício para todas as outras disciplinas.

No mais, ser bilíngue também é vantajoso para a memória, em especial em crianças. Estudos comprovaram que crianças expostas ao bilinguismo na educação conseguem memorizar informações com mais facilidade.

Permite formação global

Em escolas bilíngues, os estudantes são expostos a um método de aprendizagem multicultural. Por isso, o bilinguismo na educação também permite uma formação global aos alunos.

Na sala de aula, a metodologia de ensino envolve informações, histórias e dados de outros países. O aluno também conta com toda uma bagagem cultural e desenvolve melhor a empatia.

Aumenta as oportunidades

No geral, alunos bilíngues têm acesso a mais oportunidades do que estudantes que falam apenas um idioma. Quem é bilíngue tem mais chances de fazer um intercâmbio, por exemplo, ou de realizar cursos em outro idioma com mais facilidade, melhorando o currículo e, consequentemente, as oportunidades de estudo ou de trabalho no futuro.

Também há muitas instituições de ensino internacionais que priorizam o bilinguismo na hora de aceitar novos estudantes. O aluno bilíngue, então, também pode ter mais chances de conseguir bolsas de estudo.

O bilinguismo e o mercado de trabalho

Como dissemos anteriormente, o bilinguismo abre portas para novas possibilidades acadêmicas e, consequentemente, para melhores oportunidades no mercado de trabalho.

O inglês, conhecido por ser a língua universal, é um dos idiomas mais escolhidos como secundário no Brasil. Antigamente, o inglês era considerado um diferencial no currículo. Hoje em dia, o conhecimento de um segundo idioma já é considerado algo corriqueiro. Ter conhecimento básico da língua inglesa já não é mais suficiente, sendo indispensável a fluência no idioma.

Diversas pesquisas com grandes empresas já provaram que o conhecimento e a fluência de um segundo idioma são um diferencial no momento da contratação. Contudo, há ainda muitas outras vantagens.

Uma pesquisa feita em 2021 pela empresa Catho constatou que uma pessoa que possui fluência em inglês pode receber um salário até 83% maior do que outros profissionais. Então, é possível notar como o segundo idioma pode impactar a empregabilidade.

Atualmente, cerca de 50% das empresas brasileiras consideram o domínio do inglês crucial para o preenchimento de vagas. Ultimamente, até mesmo em alguns editais de concursos públicos o inglês está presente.

Mesmo assim, de acordo com a pesquisa mais recente do British Council, apenas 3% de toda a população brasileira consegue se comunicar em inglês. Desses 3%, apenas 1% apresenta fluência no idioma.

O que vem acontecendo, portanto, é uma alta procura das empresas por profissionais fluentes em um segundo idioma. Entretanto, a conta não fecha, já que o índice de pessoas qualificadas ainda é bastante baixo.

Mas como mudar esse cenário?

Estudiosos, profissionais e pesquisadores da área consideram a educação bilíngue uma solução eficiente.

Em suma, é preciso estimular as crianças e os jovens a aprenderem uma segunda língua. No futuro, haverá profissionais capacitados para preencher vagas e ensinar.

Papel das escolas no bilinguismo

Como sabemos, não são todas as escolas que oferecem o ensino bilíngue. Na verdade, no Brasil, são poucas as instituições que contam com ensino efetivo de outras línguas. Vale relembrar que o ensino efetivo não se equipara a uma única disciplina de língua inglesa ou de língua espanhola.

Segundo dados da Associação Brasileira de Ensino Bilíngue, entre os anos de 2014 e 2019 houve um aumento de 10% no número de escolas bilíngues.

A grande vantagem de matricular o seu filho em uma escola bilíngue é a economia com cursos de inglês. Isso porque, com o próprio ensino regular de uma instituição que trabalha o bilinguismo, o estudante já será capaz de dominar a fluência.

Infelizmente, o bilinguismo na educação está presente apenas em escolas privadas, não sendo uma prioridade atual do Ministério da Educação para o ensino público.

A importância das escolas bilíngues está na formação de pessoas que dominem o segundo idioma. Além de tudo, elas dispensam os cursos de idiomas e podem até mesmo suprir a necessidade de um intercâmbio.

No mais, as instituições bilíngues não servem apenas para ensinar outras línguas, mas também como ambiente para colocá-las em prática cotidianamente. Isso faz com que o aluno, seja criança ou adolescente, tenha mais segurança e autoestima.

Qual a diferença entre a escola bilíngue e as escolas internacionais?

O bilinguismo na educação parte do pressuposto de ensinar outras línguas integradas ao ensino regular. Isso quer dizer que os alunos vão ter aulas de Matemática, Geografia, Arte sendo ministradas na língua secundária. Além disso, toda a experiência na escola será, em grande parte, no idioma secundário.

As escolas internacionais utilizam um método de ensino diferente, pois seguem o currículo de outro país e não o brasileiro. Sendo assim, os alunos de escolas internacionais devem seguir o calendário e a metodologia de ensino do país-alvo.

Como funciona o ensino bilíngue nas escolas?

Essa ainda é a dúvida de muitos pais, principalmente porque o bilinguismo passou a ter mais popularidade no Brasil nos últimos anos.

Em primeiro lugar, é preciso saber que uma escola bilíngue funciona como qualquer outra instituição de ensino. Os estudantes têm o mesmo contato com as disciplinas propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A única diferença é que os alunos terão aulas ministradas tanto na língua nativa quanto na língua secundária.

Para isso, a escola bilíngue pode adotar uma série de estratégias para contribuir com o processo de aprendizagem das crianças ou adolescentes.

Principais estratégias usadas pelas escolas bilíngues

Como o ensino das escolas que trabalham com o bilinguismo é focado na fluência dos alunos, é crucial que elas se adaptem a novas estratégias a fim de alcançar o objetivo com eficiência. Em seguida, apresentaremos algumas das estratégias utilizadas no ensino bilíngue.

Criação de novas disciplinas

Escolas que apresentam o inglês como língua secundária podem oferecer disciplinas focadas em áreas específicas, como a programação, por exemplo. Como o inglês está muito presente na tecnologia, é comum que as instituições tenham disciplinas com enfoque nessa área.

A grande vantagem é que o aluno consegue aprender uma habilidade nova e, ao mesmo tempo, se familiariza com o inglês específico da área. Isso acaba tendo uma importância muito grande para aqueles que seguirão a área no futuro.

Recursos audiovisuais

Outra estratégia bastante adotada em escolas bilíngues é o uso de recursos audiovisuais para complementar o ensino e facilitar a aprendizagem. Em geral, são utilizados filmes, desenhos, teatros, músicas e muito mais.

Como se sabe, os estudantes possuem mais afinidade com esses tipos de recursos. Então, o ensino acaba se tornando mais didático e também mais interessante e divertido. Além do mais, é possível colocar o idioma secundário em prática de forma mais dinâmica.

Integração cultural

Para tornar o contato do estudante com a língua secundária ainda mais natural, é comum que as escolas ofereçam o conhecimento cultural. Só para exemplificar, há escolas que optam por ensinar a história do país falante da língua secundária.

Isso faz com que os alunos se sintam mais próximos do idioma estudado e naturaliza o uso dele no dia a dia. Sem contar que também contribui com a relação do aluno com outras disciplinas, como História e Geografia.

Gamificação

A gamificação é o processo pelo qual os alunos aprendem se divertindo. Todos sabemos que as crianças e os adolescentes possuem afinidade com o mundo dos games. Então, utilizar essa aptidão natural no processo de aprendizagem faz todo sentido.

A melhor parte é que a gamificação também pode estar aliada a outros assuntos. Há escolas bilíngues no Brasil que contam com plataformas de games, e nelas existem jogos que envolvem a sustentabilidade, o empreendedorismo, a solução de problemas e muitos outros temas. Tudo isso, é claro, estimulando o uso do idioma secundário que, na maioria das vezes, é o inglês.

A família e o incentivo ao bilinguismo

Com certeza, você já deve ter ouvido falar que é muito mais fácil aprender uma nova habilidade na infância. Por isso, o ensino bilíngue pode ser iniciado desde a educação infantil.

Uma pesquisa feita pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) constatou que, para uma pessoa alcançar fluência similar à de um falante nativo, é necessário começar a estudar o idioma até os 10 anos de idade.

Já sabemos que as escolas bilíngues são cruciais para o desenvolvimento do bilinguismo ao longo da vida escolar e que são responsáveis por proporcionar diversos benefícios ao estudante.

Em casa, entretanto, a família tem um papel importante no incentivo ao bilinguismo no dia a dia. Profissionais da área afirmam que é importante que a criança tenha o máximo de contato com os idiomas de interesse. Assim, os pais podem implementar atividades e hábitos para motivar as crianças.

Conversação

Se os pais também dominarem o idioma, eles podem estimular a conversação com a criança. Essa é uma das melhores maneiras de se praticar um novo idioma. Para estimular o uso dos dois idiomas, os pais podem criar uma dinâmica em que um deles fale a língua nativa e o outro converse no idioma secundário.

Assim, a criança consegue ampliar o seu conhecimento em ambas as línguas paralelamente. Além disso, é possível enriquecer o processo de aprendizagem e integrar ambas as línguas e culturas.

Momentos de diversão

A família pode aproveitar o tempo livre para assistir a filmes, cantar músicas ou ler livros, promovendo o contato com o idioma secundário. Esse contato faz com que a criança desenvolva o vocabulário e observe a gramática em diversos contextos.

Além disso, ao aumentar o contato com o outro idioma, a criança também se sente mais segura para colocá-lo em prática. Por isso, é primordial a participação dos pais, tanto para auxiliar quanto para incentivar a criança.

Aparatos tecnológicos

Para estimular o bilinguismo em casa, a família também pode contar com a ajuda de videogames, computadores e celulares. O ideal é variar os idiomas entre o nativo e o secundário, para que o conhecimento de ambos seja equivalente.

Como as crianças costumam ter mais afinidade com os dispositivos tecnológicos, eles acabam sendo uma boa fonte de conhecimento. Inclusive, há muitas pessoas que aprenderam uma segunda língua por meio de jogos online.

O que, de fato, torna uma pessoa bilíngue?

Em síntese, pode-se dizer que, para uma pessoa ser considerada bilíngue, ela precisa ter proficiência completa em duas línguas. Em outras palavras, precisa ser fluente em ambos os idiomas, nativo e secundário.

O bilinguismo pode ser nativo, quando alguém bilíngue teve contato com dois idiomas até os 3 anos de idade. Ou ainda pode ser adquirido, quando um indivíduo convive com dois idiomas ou estuda para alcançar a fluência total em ambas as línguas.

Assim, unindo todas as definições de bilinguismo abordadas no artigo de hoje, é possível dizer que uma pessoa bilíngue é aquela capaz de se comunicar com perfeição em dois idiomas e que tenha alto nível de conhecimento linguístico de ambos. Em outras palavras, ela precisa saber ler, escrever, compreender e falar em dois idiomas distintos.

Nesse sentido, o bilinguismo na educação é primordial para a formação eficiente de indivíduos bilíngues. Além disso, há diversas vantagens do ensino bilíngue para crianças e adolescentes.

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