Comportamento Infantil

Depressão infantil: o que é, quais são os sinais e como tratar

O índice mundial de depressão infantil quase dobrou entre crianças de 6 a 12 anos em uma década. Foi o que os dados de 2017 da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelaram. A depressão pode ser dividida em subtipos, com sintomas e tratamentos específicos para cada um deles. A seguir, conheça os diferentes tipos de depressão.

Embora ainda pouco conhecida por grande parte da população, o quadro depressivo na infância tem sido cada vez mais diagnosticado, o que acaba deixando pais e mães em estado de alerta.

Com o passar do tempo e o aumento da incidência, pediatras, psicólogos e psiquiatras voltaram seus olhares para a doença. Hoje, o diagnóstico é feito de forma mais certeira.

Por muitos anos, os sintomas da depressão infantil, hoje mais bem identificáveis, foram confundidos com birras ou eram simplesmente classificados como “coisa de criança”.

Antes, o diagnóstico do quadro depressivo na infância acontecia por exclusão. Atualmente, os sintomas e comportamentos de crianças com depressão são mais fáceis de serem percebidos.

Além disso, apesar de ser uma doença psiquiátrica séria, a depressão infantil tem tratamento.

Vale destacar que o diagnóstico precoce da depressão faz toda a diferença, sobretudo na infância. Acompanhe o nosso conteúdo de hoje para saber mais sobre esse tema.

O que é depressão?

A princípio, a depressão é um transtorno caracterizado por uma desordem de humor que ocorre com frequência. Ela pode afetar pessoas de todas as idades e se apresentar de várias formas, com diferentes sintomas.

Ao contrário do que muitos imaginam, a depressão não está relacionada apenas à tristeza profunda e comportamentos depressivos. Clinicamente, ela envolve características como: mudança de humor, fatores psicomotores e alterações nos neurotransmissores.

Muito se fala sobre a depressão. Aliás, por muito tempo, ela foi subestimada e deslegitimada como doença, quando, na verdade, a depressão é fruto de alterações bioquímicas que ocorrem no cérebro.

Essas alterações afetam principalmente os neurotransmissores, como a serotonina — que promove a sensação de bem-estar e alegria —, mas também envolvem a noradrenalina e a dopamina.

Além disso, a depressão pode influenciar a saúde física, deixando o paciente mais suscetível a inflamações e afetando também o sistema imunológico.

Diferentes tipos de quadros depressivos:

  • Distimia;
  • Atípica;
  • Psicótica;
  • Maior;
  • Sazonal;
  • Endógena;
  • Pós-parto.

Distimia

Pacientes com esse tipo de depressão apresentam várias alterações de humor ao longo do dia. Na maior parte do tempo, as variações de humor envolvem episódios de tristeza profunda. Os sintomas podem durar anos.

É um tipo de depressão difícil de ser percebido, já que envolve sintomas mais leves. Outro fator que dificulta o diagnóstico é que a pessoa acaba aprendendo a conviver com as variações de humor.

Atípica

Esse quadro depressivo possui esse nome porque é completamente diferente dos outros. Para exemplificar, um dos sintomas é a insônia, enquanto em outros subtipos o sono excessivo é bastante presente.

Outro sintoma característico é a compulsão alimentar. Os pacientes costumam sofrer com a piora dos sintomas à noite.

Psicótica

A depressão psicótica é o subtipo mais perigoso, pois, além de os pacientes apresentarem os sintomas mais comuns, eles também sofrem com alucinações. Em casos mais severos, pode haver ainda crises de pânico ou sensação de perseguição.

Trata-se de um subtipo de depressão que pode ser difícil de diagnosticar, visto que os sintomas podem confundir-se com os de outros quadros depressivos. Por isso, é considerado o quadro mais grave da doença.

Maior

A depressão maior é o tipo mais comum. Nesse quadro depressivo, o paciente sofre com angústia, tristeza profunda, apatia, alterações no sono, apetite, libido, entre outros.

O conjunto de sintomas pode durar muito tempo. Esse tipo de depressão pode ser classificado em: grave, moderada e leve. Mesmo na condição mais branda, o tratamento deve ser mantido.

Sazonal

A depressão sazonal não é muito comum no Brasil, nem em locais com clima semelhante. Está mais presente em países que sofrem uma variação brusca de clima e temperatura conforme as mudanças de estações.

Esse tipo de depressão costuma afetar as pessoas durante o inverno, época em que há pouca incidência de luz solar. Essa condição acaba afetando pessoas suscetíveis, levando-as ao quadro de depressão.

Endógena

A depressão endógena está ligada a fatores biológicos. A princípio, é um dos tipos mais diagnosticados, e sua característica principal é a piora dos sintomas pela manhã. Angústia, tristeza e apatia se agravam nesse subtipo.

Com sintomas cada vez mais incapacitantes, o paciente acaba se isolando. Por isso, há casos de pessoas que abandonam o tratamento com especialistas. Nesse subtipo, é indispensável ter uma rede de suporte.

Pós-parto

Após o período de gestação, é comum haver uma queda na produção hormonal. No caso de mulheres que já possuem certa predisposição, essa condição pode causar a depressão pós-parto.

Esse tipo de depressão ficou mais conhecido nos últimos anos. Suas principais características são a apatia da mãe em relação ao bebê e o sentimento de culpa. Em suma, a mãe acaba não aproveitando a experiência da maternidade com o nascimento do bebê.

Como saber que seu filho tem depressão

A depressão em crianças vem acompanhada de certos comportamentos que fogem do convencional. Falaremos sobre os sintomas da depressão infantil no próximo tópico.

Num primeiro momento, você deve estar atento aos comportamentos da criança. Há casos de crianças que apresentam um quadro de depressão após situações específicas, como: a morte de um ente querido ou de alguém próximo, a morte de um bicho de estimação, momentos traumáticos, bullying, entre outros.

Da mesma forma, o aparecimento da depressão na infância pode ter relação com outro problema de saúde física ou psicológica.

Contudo, o diagnóstico da depressão infantil só pode ser feito por um especialista da área, que pode ser o psiquiatra da infância e adolescência ou um psicólogo.

Como você sabe, o diagnóstico precoce da depressão infantil faz toda a diferença para a eficácia do tratamento. Se você acha que seu filho pode estar depressivo, o indicado é procurar um especialista o mais rápido possível.

Geralmente, o diagnóstico é feito por volta dos 8 anos. Esse é o momento em que a criança está formando a sua personalidade e aprendendo a lidar com o meio que a cerca. Também é a idade em que ela consegue conversar melhor sobre os seus sentimentos.

O psicólogo ou psiquiatra pode realizar testes com a criança para ajudar a identificar a doença. Além disso, ele também pode conseguir encontrar as causas do quadro depressivo.

Muitos pais acabam não percebendo que os filhos estão em depressão. Isso ocorre, principalmente, por suporem que os comportamentos — que podem ser sinais de depressão infantil — são comuns.

Possíveis causas da depressão infantil

De acordo com estudos e casos clínicos, a depressão infantil pode surgir a partir de eventos traumáticos.

A predisposição para o transtorno também pode estar relacionada com outros fatores, como: genética, estrutura do cérebro, alteração no funcionamento do encéfalo ou desordem hormonal.

Em alguns casos, pode ocorrer uma junção de fatores biológicos ou internos (predisposição genética) e fatores ambientais ou externos (estresse, mau convívio familiar, separação dos pais).

Ainda há casos mais específicos nos quais a depressão infantil pode estar ligada ao abuso sexual, maus-tratos e negligência familiar, por exemplo.

Sinais da depressão infantil

Os sinais ou sintomas da depressão infantil ajudam no diagnóstico da criança. Em geral, eles são percebidos pelos familiares ou por professores que também convivem com a criança.

Embora a depressão possa atingir pessoas de todas as faixas etárias, os sinais dela podem ser diferentes. É válido salientar que os sintomas de depressão infantil dificilmente serão semelhantes aos da depressão em adultos.

Nos últimos anos, o transtorno depressivo na infância foi alvo de muitas pesquisas e estudos. Atualmente, os sinais da depressão infantil podem ser mais facilmente identificados, e os principais são:

Fadiga

As crianças, naturalmente, estão sempre fazendo algo, seja brincar, correr ou explorar. Mesmo as crianças mais quietas estão sempre ocupadas desbravando o meio que as cerca.

Então, a fadiga e a inatividade são sinais de alerta na infância, sobretudo se for algo atípico no comportamento do seu filho. Basicamente, não é comum que a criança perca o interesse por brincar ou pelas atividades corriqueiras.

Baixo desempenho escolar

Outro sinal de depressão infantil é a mudança no comportamento na escola. Isso pode ser representado por: notas baixas, deixar de entregar atividades em sala de aula, desinteresse por ir à escola, brigas com colegas, entre outros.

A desatenção também pode ser um dos sintomas. Contudo, alguns desses sinais podem ser facilmente confundidos com outros transtornos, como o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade).

Irritabilidade

A irritabilidade também pode ser um dos sintomas de depressão infantil. Em geral, crianças que antes eram tranquilas passam a ficar irritadas facilmente. Esse tipo de comportamento pode se manifestar por berros e choros.

A criança pode se irritar com coisas pequenas, como com os próprios brinquedos. Além disso, pode ficar irritada com outras pessoas ou ao realizar atividades do dia a dia.

Sintomas de depressão infantil de acordo com a idade da criança

Embora os sintomas acima sejam os mais comuns em casos de depressão infantil, eles também podem variar conforme a faixa etária.

Até os 5 anos

Em crianças dessa faixa etária, a depressão pode ser difícil de ser diagnosticada. Contudo, há comportamentos específicos que podem servir de alerta para os pais, como: ansiedade, perda de peso, medo de ficar sozinha e falta de sono.

Com o passar dos anos, a depressão infantil também pode causar episódios de irritabilidade e raiva, apatia e tristeza. Geralmente, os sintomas vão evoluindo conforme a criança cresce.

5 a 12 anos

Nessa faixa etária, crianças que possuem depressão podem apresentar tristeza e raiva. Além disso, nesse período, elas costumam verbalizar a dor e podem dizer frases autodepreciativas.

Outros sintomas de depressão infantil podem ser: variações de humor ao longo do dia, choro frequente, baixo desempenho na escola e perda de interesse por atividades corriqueiras.

Mais de 12 anos

Com a passagem da infância para a adolescência, os sintomas da depressão costumam ser mais específicos. Assim, também podem envolver problemas de perda de memória e isolamento.

A identificação dos sintomas na pré-adolescência e na adolescência tende a ser mais difícil, já que os comportamentos podem ser justificados como sendo próprios dessa fase.

Outros tipos de sintomas de depressão infantil são:

  • Sensação de tédio;
  • Agressividade;
  • Excesso ou ausência de apetite;
  • Sentimento de culpa;
  • Isolamento social;
  • Dores de cabeça;
  • Dores abdominais;
  • Dificuldade em se movimentar;
  • Impaciência.

A depressão infantil tem cura?

A boa notícia é que a depressão infantil tem cura se for rapidamente diagnosticada e adequadamente tratada. Porém, também há casos em que o tratamento deve ser feito continuamente.

O grande problema é que nem sempre a depressão infantil é identificada. Infelizmente, a desinformação sobre o tema ainda é muito comum. Muitos pais tratam certos comportamentos, que podem ser motivos de alerta, como sendo “birra” ou “frescura” da criança.

Quando o diagnóstico não é feito, o transtorno e seus sintomas podem perdurar por muitos anos, podendo acompanhar a pessoa até a fase adulta.

É de suma importância que os familiares e até mesmo a escola fiquem de olho nos sinais da depressão infantil.

A melhor forma de tratamento para depressão infantil

O tratamento da depressão em crianças envolve, primordialmente, a psicoterapia. Embora haja casos de depressão severa tratados com uso de medicamentos, a abordagem principal é a terapia.

De qualquer modo, tanto o tratamento quanto as medidas que envolvem a família e a escola são de grande ajuda no processo.

Atualmente, considera-se como melhor tratamento para a depressão infantil um conjunto de medidas: psicoterapia infantil, psicoeducação para familiares e professores, mudança de hábitos e medicamentos, quando necessário.

O tipo de abordagem utilizada na psicoterapia é a terapia cognitivo-comportamental. Ela trata dos comportamentos e dos sentimentos da criança. Aliada a ela pode estar também a terapia familiar, que visa reestruturar a família como um todo.

Com o passar do tempo e a evolução do tratamento, os comportamentos e pensamentos do paciente vão sendo ajustados.

Quanto aos medicamentos, os mais receitados para crianças são a fluoxetina e a sertralina. Geralmente, são mais apropriados para o tratamento de crianças mais velhas, com mais de 8 anos.

No entanto, quando a psicoterapia infantil não dá o resultado esperado, os antidepressivos podem ser uma alternativa.

Vale a pena citar que os medicamentos antidepressivos costumam fazer efeito após um período de uso. Além disso, podem causar reações, como náuseas, dores de cabeça e dores abdominais.

A importância da psicoterapia infantil

A infância é o período no qual muitas descobertas são feitas, e são elas que servirão de base para o desenvolvimento do ser humano.

Nessa fase da vida, muitas coisas acontecem e a criança passa por processos de aprendizagem constantemente. Como ela ainda está em desenvolvimento psicológico, não consegue compreender totalmente as situações pelas quais passa.

A psicoterapia infantil ajuda as crianças a lidarem com os seus pensamentos, sentimentos e comportamentos. O objetivo é colaborar com o desenvolvimento e com a saúde mental da criança.

Dito isso, a psicoterapia infantil é muito importante para crianças de todas as idades, sendo especialmente necessária e importante em casos de quadros depressivos.

Infelizmente, ainda há muito preconceito com a terapia infantil. Por isso, é importante salientar que a psicoterapia infantil traz muitos benefícios para a criança e para o convívio dela com a família e no ambiente escolar.

No caso da psicoterapia como tratamento da depressão infantil, a abordagem se divide entre sessões individuais, sessões com os pais da criança e sessões com as duas partes.

Geralmente, o tratamento começa com a avaliação da criança, seguida das sessões voltadas à psicoeducação. Na sequência, são inseridas atividades prazerosas para a criança.

A partir desse momento, o especialista começa a aplicar as técnicas específicas para tratar a depressão infantil, buscando os resultados mais positivos possíveis.

Apesar de ser uma abordagem corriqueira, não é a única. Portanto, é importante procurar um especialista e seguir as orientações dele. Afinal, a depressão infantil não ocorre da mesma forma em todas as crianças.

Há casos que demandam um período maior de tratamento, principalmente se se tratar de uma depressão grave. Outro ponto relevante é que as crianças diagnosticadas também estão sujeitas a recaídas, como acontece com pacientes adultos.

Nesse sentido, o apoio dos pais e da escola faz toda a diferença.

O papel dos pais

Como dissemos anteriormente, o tratamento da depressão em crianças também envolve os pais. Mas o que fazer para ajudar os filhos?

Num primeiro momento, sabemos que o diagnóstico pode assustar e trazer frustrações. E não há problema algum em se sentir assim.

Contudo, é preciso entender que não há um culpado e que é preciso estar forte para ajudar a criança.

Em primeiro lugar, os pais devem estar psicologicamente saudáveis para conseguirem ajudar a criança. Para isso, a terapia individual ou familiar pode ser colocada em prática.

Em casa, um bom começo é rever os hábitos da criança, procurando sempre incentivar hábitos mais saudáveis. A família pode começar a praticar exercícios físicos que sejam prazerosos para a criança. Além disso, optar por uma alimentação balanceada também faz toda a diferença.

Outra medida é evitar conflitos em casa, já que podem influenciar o bem-estar da criança. Reclamações, brigas e palavrões devem ser evitados ao máximo. Em contrapartida, a família deve separar um tempo para estarem juntos, brincar ou assistir a um filme, por exemplo.

Como sabemos, os sintomas de depressão infantil podem ser complicados, tanto para a criança quanto para os pais. Por isso, os familiares devem deixar de lado os julgamentos e as repreensões.

Assim, devem acolher a criança e oferecer apoio emocional. Muitas vezes, os pacientes se sentem sozinhos e culpados, e esse tipo de acolhimento, sem dúvidas, é importante.

Além dessas medidas, outras atitudes dos pais podem colaborar com o tratamento e a melhora do quadro depressivo em crianças:

  • Mentalizar bons pensamentos com a criança;
  • Fazer trabalhos manuais;
  • Encontrar atividades para fazerem juntos;
  • Procurar manter um hábito de diálogo;
  • Incentivar atividades com amigos;
  • Elogiar comportamentos positivos;
  • Limitar o tempo de telas da criança;
  • Manter hábitos de sono adequados.

O papel da escola

Geralmente, é na escola onde a depressão infantil é percebida primeiro. Isso costuma ocorrer porque os professores possuem um conhecimento mais amplo sobre o desenvolvimento das crianças. Além disso, o contraste com tantas outras crianças facilita a identificação de certos sintomas.

Nesse contexto, é possível perceber a importância do conhecimento de professores e educadores acerca da depressão infantil.

De acordo com especialistas, ao primeiro sintoma identificado, o professor tem a obrigação de alertar os pais.

Caso o diagnóstico de depressão infantil seja confirmado, a escola tem um papel importante no tratamento dessa criança.

Com o aumento da incidência da depressão na infância, se faz cada vez mais necessária a divulgação de conhecimento sobre o transtorno. Atualmente, no setor público, professores, educadores e demais funcionários são orientados sobre esse e outros transtornos em palestras e cursos.

Na maioria dos casos, o tratamento da depressão em crianças consiste na psicoeducação. Assim, deve envolver os professores e os pais do paciente.

A escola pode participar ativamente do tratamento incentivando a criança em tarefas práticas, atividades em grupo, socialização com colegas de sala e atividades extracurriculares.

Essas são medidas que fazem toda a diferença para a evolução do paciente. Isso sem falar que também é uma ótima forma de tentar melhorar o desempenho escolar da criança.

Portanto, o recomendado é que a escola e o psiquiatra ou psicólogo atuem juntos em prol da recuperação da criança.

Outros comportamentos que podem ser colocados em prática pelos professores são o apoio emocional e o incentivo.

Unindo as forças da família, da escola, do psicólogo ou psiquiatra, e do próprio paciente, farão com que os resultados positivos sejam alcançados.

A depressão infantil existe e, apesar de causar pânico, possui tratamento.

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