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Déficit de atenção: sintomas perceptíveis em crianças e adolescentes

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O déficit de atenção é uma condição apresentada pelo CID (Classificação Internacional de Doenças) para o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Popularmente conhecido na atualidade, muitos pais possuem dúvidas sobre como lidar quando seus filhos apresentam sintomas. Hoje, neste artigo, vamos informar sobre como identificar e lidar com isso dentro de casa e na escola.

O que é o déficit de atenção (TDAH)?

O déficit de atenção (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento que interfere na forma como a pessoa se relaciona com o ambiente, especialmente em situações que exigem foco, organização e controle da atenção.

Seus sintomas costumam surgir ainda na infância e podem persistir ao longo da vida, afetando diferentes áreas, como os estudos, o trabalho e as relações sociais. 

No entanto, com o diagnóstico correto e o suporte adequado, é possível desenvolver estratégias eficazes para lidar com o déficit de atenção e levar uma vida plena e funcional.

Prevalência do TDAH

De acordo com Christina Hajaj Gonzalez, representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), a prevalência mundial do TDAH entre crianças e adolescentes varia entre 3% e 5%. 

No Brasil, dois estudos apontam taxas que variam entre 1,8% e 5,8%, o que reforça a importância de reconhecer e acolher as necessidades de quem vive com esse diagnóstico.

Sintomas do déficit de atenção 

O TDAH se manifesta principalmente em três grandes grupos de sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa e se apresentar em diferentes intensidades.

  • Desatenção: dificuldade para manter o foco em tarefas, esquecer compromissos ou objetos, evitar atividades que exigem esforço mental prolongado e cometer erros por descuido.
  • Hiperatividade: inquietação constante, dificuldade para permanecer sentado por muito tempo, sensação de “motor ligado” e necessidade de se mover o tempo todo.
  • Impulsividade: agir sem pensar nas consequências, interromper os outros com frequência, dificuldade em esperar a vez ou controlar reações emocionais.

Como o TDAH se manifesta em crianças e adolescentes?

Os sinais de TDAH em crianças e adolescentes nem sempre são fáceis de identificar, especialmente porque podem ser confundidos com comportamentos típicos da infância ou da adolescência. 

As principais formas do déficit de atenção aparecer como sintoma em crianças e adolescentes são quando elas:

  • Frequentemente deixam de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares ou tarefas;
  • Possuem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
  • Parecem não escutar quando alguém fala diretamente com ele(a);
  • Não seguem instruções até o fim e não termina tarefas escolares ou deveres;
  • Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades;
  • Evitam ou reluta em se envolver em tarefas que exigem esforço mental prolongado;
  • Perdem objetos necessários para tarefas (lápis, livros, materiais);
  • Se distraem facilmente com estímulos externos;
  • Esquecem compromissos e atividades do dia a dia com frequência;
  • Mexem as mãos ou pés constantemente ou se remexem na cadeira;
  • Levantam da cadeira em sala de aula ou em outras situações onde se espera que permaneça sentado;
  • Correm ou sobem em lugares inadequados (em adolescentes ou adultos, pode se manifestar como inquietação);
  • Tem dificuldade para brincar ou se envolver calmamente em atividades de lazer;
  • Estão frequentemente “a mil” ou age como se estivesse “a todo vapor”;
  • Falam em excesso;
  • Respondem precipitadamente antes de ouvir a pergunta até o fim;
  • Tem dificuldade em esperar a sua vez;
  • Interrompem ou se intrometem nas conversas ou jogos dos outros.

Causas do TDAH

Ainda não existe uma causa única e definitiva para o TDAH, mas pesquisas apontam que sua origem é multifatorial, ou seja, envolve uma combinação de fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais.

1. Fatores genéticos

A genética é um dos principais fatores associados ao TDAH. Estudos com famílias, gêmeos e adoção mostram que o transtorno costuma ser hereditário. Se um dos pais tem TDAH, por exemplo, as chances de o filho também apresentar o transtorno são significativamente maiores.

2. Alterações neurobiológicas

Pesquisas com exames de imagem cerebral identificaram diferenças em áreas como o córtex pré-frontal, responsável pela atenção, planejamento e controle de impulsos.

Também foi observado um funcionamento atípico nos sistemas de neurotransmissores, como a dopamina e a noradrenalina — substâncias fundamentais para a comunicação entre os neurônios.

3. Fatores ambientais

Embora não causem TDAH por si só, alguns fatores ambientais podem contribuir para o surgimento ou intensificação dos sintomas. Entre eles:

  • Exposição ao álcool, tabaco ou drogas durante a gestação;
  • Prematuridade ou baixo peso ao nascer;
  • Complicações no parto;
  • Altos níveis de estresse precoce ou negligência nos primeiros anos de vida.

Dificuldades na escola por causa do TDAH

A escola costuma ser um dos primeiros lugares onde os sinais do TDAH se tornam mais evidentes. Isso acontece porque o ambiente escolar exige exatamente aquilo que o transtorno mais compromete: atenção sustentada, controle dos impulsos, organização e disciplina da rotina.

Crianças e adolescentes com TDAH enfrentam desafios diários que vão além de “falta de vontade” ou “comportamento agitado”. 

Eles estão lidando com um cérebro que funciona de forma diferente — e isso impacta diretamente o desempenho escolar.

Dicas para ajudar seu filho a melhorar as notas

Se seu filho tem déficit de atenção e está enfrentando dificuldades na escola, você não está sozinho. Muitos pais compartilham essa preocupação, especialmente quando percebem que, apesar do esforço, as notas não refletem o verdadeiro potencial do filho. 

A boa notícia é que, com acompanhamento adequado, rotina estruturada e apoio emocional, é possível melhorar — e muito — o rendimento escolar.

Aqui vão algumas estratégias que podem fazer a diferença no dia a dia:

1. Estabeleça uma rotina previsível

Crianças com TDAH se beneficiam de uma rotina clara, com horários definidos para estudar, brincar, se alimentar e dormir. A previsibilidade ajuda a reduzir a ansiedade e melhora a organização.

2. Crie um espaço de estudos livre de distrações

Escolha um local calmo, iluminado e longe de estímulos como televisão ou celular. Deixe nesse espaço apenas o que é necessário para a tarefa. Menos estímulo = mais foco.

3. Divida as tarefas em blocos menores

Grandes volumes de conteúdo podem ser esmagadores. Quebre as tarefas em partes pequenas e estabeleça pequenas metas, com pausas curtas entre elas. Isso ajuda o cérebro a se manter engajado por mais tempo.

4. Use ferramentas visuais

Mapas mentais, esquemas, cores e imagens ajudam na compreensão e na memorização. Para crianças com TDAH, o conteúdo visual costuma ser mais acessível do que longos blocos de texto.

5. Dê feedbacks positivos

Valorize os esforços, e não apenas os resultados. Um simples “vi que você se esforçou, parabéns!” pode fortalecer a autoestima e manter a motivação.

6. Trabalhe a autoconfiança

Ajude seu filho a perceber que ele é capaz. Mostre que as dificuldades não definem quem ele é — e que, com apoio, ele pode superar os desafios.

7. Busque apoio especializado

Cada criança é única. Se você sente que está difícil ajudar sozinho, contar com profissionais que compreendem o TDAH e usam estratégias personalizadas — como fazemos aqui na LUMA — pode transformar o aprendizado.

Dê ao seu filho o ensino que ele merece!

Sem o apoio adequado, as dificuldades vindas do déficit de atenção podem levar à desmotivação, frequentes recuperações em disciplinas e até a quadros de ansiedade e depressão. 

Na LUMA, a gente acredita que nenhum aluno deve ser definido por suas dificuldades — e sim pelo seu potencial de aprendizagem

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