Compreenda o papel do professor particular na vida do seu filho e como isso pode, de fato, mudar a vida escolar dele. O professor particular era visto como um profissional restrito a crianças somente com problemas na hora de aprender. Mas hoje em dia ele pode ser o suporte para o sucesso desde a alfabetização até a conclusão do Ensino Médio.

Quando devo contratar um professor particular para o meu filho?
O professor particular é indicado, na maioria dos casos, para crianças com problemas na hora de aprender Mas também é preciso ressaltar que algumas dificuldades de aprendizagem são passageiras, por isso observem seus filhos e quais são as suas carências. A escola que a criança estuda deve estar situada dos problemas que os pais estão vendo e devem trabalhá-los a fim de melhorar o ensino da criança.
Outro ponto é propiciar um reforço para crianças que apresentam problemas em certas disciplinas. Em matemática e língua portuguesa, em especial, esse reforço costuma ser contínuo e fundamental para o aluno obter sucesso no período escolar.
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O papel que o professor particular faz na vida da família e da criança muitas vezes é essencial, ainda mais se levar em conta o atual cenário da educação no Brasil, em especial na educação pública. Dessa forma, o professor particular torna-se um profissional importante na vida escolar das crianças e jovens. Ainda mais se formos considerar crianças com transtornos globais de educação, que além da escola regular precisam do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e de um professor particular.
Mas quais são as vantagens de contratar um professor particular?
A realidade das salas de aula dentro das escolas, mesmo nas escolas privadas, é ter um grande número de alunos. Então o professor que ali leciona, por múltiplos fatores, não consegue dar a atenção e suprir todas as demandas de todos os alunos. Ou seja, é aí que o professor particular entra.
Esse profissional estará, de forma exclusiva, dando aula para seu filho, ajudando-o a compreender quais são as habilidades que precisam ser obtidas. Além disso, traz o material e didática única para o aluno.
Ademais, outra vantagem é poder acompanhar e constatar de perto a evolução da criança. Por diversas razões o diálogo com o educador ou com a escola pode não ter tanta fruição como com um professor particular. Em suma, por ser uma contratação de uma única pessoa, torna-se mais tranquilo acertar os pontos a serem conquistados.
Então o que devo levar em conta na hora de contratar um professor particular?
Existem vários fatores que devem ser levados em conta na hora de contratar um professor particular. Abaixo estão alguns:
- Qualidade do profissional;
- Valor da aula;
- Respaldo financeiro e de evolução dos alunos;
- Tempo;
- Traçar os melhores planos com o aluno;
- Aulas divertidas;
- Diálogo.
Qualidade do profissional
Sugerimos que o professor particular esteja pelo menos cursando a graduação na área que ele vai dar a aula. Pois os graduandos adquirem conhecimento durante a graduação. O professor formado, no entanto, além do saber, também possui a prática.
Valor da aula
Os profissionais na área da educação devem se valorizar e serem valorizados, então o preço deve ser justo para ambas as partes.
Respaldo financeiro e de evolução dos alunos
Aqui, de forma particular, falamos da LUMA, pois ela garante um respaldo aos pais, trazendo excelentes professores, com atributos, e são flexíveis para os alunos e os tutores. Algumas salas de professores particulares trabalham com contrato físico e isso também gera respaldo e segurança.
Tempo
O professor particular precisa ser alguém com tempo para atender a demanda do seu filho. Sendo assim, contrate alguém que consiga manter a programação de dias e horários combinados antes.
Traçar os melhores planos com o aluno
O modo de ensinar precisa estar conectado com os valores da família que o contratou. Mas tenha a compreensão que mesmo não concordando com o método ensinado no início, ele pode ser o mais adequado ao seu filho.
Aulas divertidas
Opte por um profissional que mude as aulas, com jogos e outros recursos. Por isso, é importante que o aluno goste e sinta prazer no momento da aula particular.
Diálogo
O profissional deve sempre se comunicar com os pais pela criança, seja para feedbacks positivos e possíveis problemas que possam surgir. Afinal, tornar a família parte do processo é positivo para ambos os lados.
Um bom professor particular não irá manter seus alunos para sempre, mas deve propiciar outros estímulos de ensino para que o estudante possa, no futuro, caminhar sem ajuda extra.
Como encontrar um professor particular?
Com a grande expansão das redes sociais, hoje em dia o professor particular é um profissional fácil de encontrar. No entanto, justamente pelas grandes opções que existem, opte por indicação de pessoas de confiança, da própria escola ou da LUMA.
Alfabetização e Educação Infantil
Para contratar um professor particular na Educação Fnfantil é fundamental observar suas aptidões e métodos de aula. Como citado em outros artigos, a Educação Infantil é um período essencial para a evolução das crianças. Portanto, respeitar cada fase das crianças na alfabetização e no letramento deve ser levado em conta por esse profissional.
O professor particular deve fazer uma sondagem para verificar o que precisa ser evoluído. Assim como os pais devem ser francos para qualquer problema que a criança possua. Além disso, o professor da Educação Infantil deve possuir material diverso, com jogos, brincadeiras e outros recursos.
Um professor particular na fase da Educação Infantil pode ser fundamental em crianças que possuem distúrbios de aprendizagem, por isso é tão importante saber quais são as aptidões do profissional. Existem distúrbios que se não forem deixados de lado durante a Educação Infantil podem ser superados pelos próximos anos escolares até a vida adulta.
Ensino Fundamental
O Ensino Fundamental I é a transição do ensino infantil para o fundamental. Dessa forma, nos primeiros anos de Ensino Fundamental as crianças estão em fase de adaptação. Isso se dá por se tornar um ciclo escolar mais voltado para conteúdo, onde a criança brinca menos e passa a ficar mais tempo dentro da sala de aula.
Diversas vezes as crianças não estão preparadas para isso, ou ainda não alcançaram todas as aptidões para prosseguir para o Ensino Fundamental, mas mesmo assim passam de ano. Além da adaptação, também devemos ressaltar o auxílio na leitura, já que é desde o primeiro ano do Ensino Fundamental que as crianças começam a ler e podem ter problemas de leitura.
Por isso que o professor particular pode ser tão importante nessa fase, como o momento da aula particular é o aluno e o professor somente, ele vai ao longo das aulas se adaptar às matérias e passar por esse período de adaptação. Nesse sentido o professor particular no Ensino Fundamental I também traz a firmeza e confiança para a família e o aluno.
Já no Ensino Fundamental II, o professor particular realiza aulas parecidas com o professor do Ensino Médio. Ou seja, a aula particular é voltada para o problema que o aluno apresenta em certas disciplinas.
Ensino Médio
O professor particular no Ensino Médio volta-se para certas matérias que o aluno tem problema. Isso porque nessa etapa escolar os jovens estão focados em passar no vestibular. Sendo assim, professor particular torna-se um apoio para esse estudante.
Em todas as etapas citadas acima, o professor particular é bem-vindo a auxiliar e trazer novos macetes. Além disso, ter ajuda para além da escola é mais uma segurança de que o aluno vai passar no vestibular. Contudo, no Ensino Médio as disciplinas são mais complexas com o acréscimo de química e física. Ou seja, disciplinas que apresentam maiores níveis de reprovação. O aluno, então, pode precisar de auxílio para passar de ano, e isso é válido também.
Professor particular online ou presencial? As principais diferenças
É inegável que existem diferenças entre o ensino presencial e online, mas a aula particular e online têm mais semelhanças que diferenças. Isso porque das duas maneiras o professor dedica aquele momento para o aluno que está atendendo. Com crianças pequenas, por exemplo na Educação Infantil, o professor na aula presencial consegue de forma mais rápida criar vínculo com seu aluno, compreender melhor seu dia a dia e conhecer a família mais a fundo. No ensino remoto, entretanto, é exigido um lado mais flexível e paciente para o professor entender a dinâmica da família e também do aluno.
Vantagens das aulas online:
- Segurança em meio à pandemia;
- Chance de mostrar ao aluno que a tecnologia pode ser usada para a sua educação;
- Privacidade para as famílias mais reservadas;
- Economia de tempo e viagem;
- Aluno menos ansioso para o momento da aula, já que se encontra no ambiente seguro que é a sua casa;
- Poder fazer a aula em outro lugar que não seja a sua casa.
Desvantagens das aulas online:
- Contato reduzido com o aluno;
- O professor fica um pouco limitado a desenvolver alguns tipos de técnicas de ensino;
- Nem sempre o ambiente que o aluno está fazendo a aula é o mais adequado;
- Queda de energia ou quebra do material de estudo.
Contudo, ressalto que alguns desses problemas podem ser mitigados de acordo com a família que o professor particular está atendendo. Por isso, percebe-se que as famílias que estão mais envolvidas com a vida escolar do filho permitem-se participar e desenvolver projetos junto ao professor.
Quais as melhores metodologias que um professor particular pode usar nas aulas
As melhores metodologias que um professor particular pode usar em sua aula são as ativas. Ou seja, as que colocam o estudante no centro do ensino, onde eles participam de forma ativa, sendo responsável pela construção do seu saber. Por isso é tão importante o professor, mesmo que esteja somente trabalhando como educador particular para continuar a sua formação acadêmica.
A partir dessa ótica, percebemos que um bom professor particular deve ir além de ensinar os conteúdos das matérias. Em outras palavras, aprender e dominar os conteúdos é importante, mas isso é somente parte do processo do ensino. Ainda é de maioria das escolas o ensino tradicional, onde o estudante tem a postura passiva de receber e memorizar os conteúdos. Não é incomum alunos reclamarem das aulas rotineiras e com pouca dinâmica, então o método ativo coloca foco no aluno.

Vamos explicar cada princípio:
- Autonomia;
- Trabalho em equipe;
- Reflexão;
- Questionar a realidade;
- Inovação;
- Professor como mediador e ativador.
Autonomia
O professor exerce a autonomia quando estimula seus alunos a falarem seus pontos de vista, mesmo quando negativo. Ao propor, portanto, um ambiente seguro dentro da sala, que respeita as diferenças de cada um. Além disso, utiliza uma linguagem de uma forma que informa e não controla.
Trabalho em equipe
Consiste na interação direta entre professor e aluno. Ou seja, fazer trabalhos em grupos, permitir que sejam feitas duplas e trios para realizar certas tarefas. Enfim, permitir discussões e troca de opiniões.
Reflexão
Analisar sua realidade e partir disso para futuras discussões das disciplinas. Associar o que é vivido com o que é exposto nos livros.
Questionar a realidade
Apesar de ser outro tópico, está ligado com a reflexão e crítica do que está sendo ensinado.
Inovação
Está ligado às metodologias ativas. Inovar e mudar o ensino tradicional com novas propostas e didáticas. É preciso ousadia e coragem para mudar o que está tão em voga na educação brasileira.
Professor como mediador e ativador
É o professor que ensina a pensar, refletir, criticar e não somente transmitir os conteúdos. Ou seja, é o profissional que investiga sua própria prática, reflete sobre ela e procura melhorá-la e reconhecer seus erros.
Dessa forma, podemos citar Paulo Freire, educador brasileiro que baseou suas obras na área da educação visando os movimentos populares e contra a opressão da sociedade. Freire dá enfoque na educação construtivista, uma das vertentes das metodologias ativas, em que o papel do professor é ensinar o aluno a pensar de modo autônomo. Bem como assegurar a sala de aula um ambiente de reconhecer e refletir sobre suas próprias ideias, aceitar as opiniões de outras pessoas e considerá-las válidas. Desenvolver, de fato, respeito pelos outros e o poder de dialogar.
Com base no que foi explicado, é necessário que o professor particular busque novos caminhos e novas formas de ensino. Nesse sentido, promove a postura crítica e autônoma dos alunos para, enfim, impulsionar o ensino.
Exemplos de metodologias ativas:
- Aprendizagem baseada em problemas: construção do saber através de discussões em grupo do problema;
- Gamificação: trazer jogos ou elementos games para certos diálogos;
- Ensino híbrido: modelo de educação formal, onde existe o momento online, que pode ser feito em casa, e off-line, realizado na escola.
O que é preciso para ser professor particular?
Uma das principais qualidades de um professor particular é o seu poder de adaptação. Sendo assim, ele deve se adequar aos alunos que vai atender para evoluir cada vez mais em seu negócio e como educador. Isso porque cada estudante é diferente e vai precisar de uma atenção particular, e às vezes de um método para ensiná-lo.
Claro que a preparação da aula é importante, mas não basta ficar preso a um único método se isso não fizer seu aluno se desenvolver. Esse profissional precisa compreender quais são as barreiras que faz com que o aluno tenha dificuldade em aprender, portanto, fazer intervenções pontuais.

Distúrbios específicos de aprendizagem
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)
O TDAH é um distúrbio neurobiológico mais comum na infância e em crianças na fase escolar. Entretanto, de forma frequente ele acompanha o indivíduo por toda sua vida. O transtorno se caracteriza por sintomas como desatenção, inquietude e impulsividade.
As causas para o TDAH são:
- Hereditariedade;
- Substâncias ingeridas na gravidez;
- Sofrimento fetal;
- Exposição ao chumbo;
- Problemas familiares.
O TDAH é um dos transtornos mais estudados e reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas ainda existem pessoas que, pela falta de estudo e saber, dizem que o transtorno é uma invenção médica.
Crianças com TDAH possuem os seguintes aspectos:
- Se comprometem com afazeres do dia a dia;
- Desordens motoras (como equilíbrio, noção de espaço e tempo, esquema corporal etc.);
- Déficit de linguagem (leitura e escrita);
- Hiperatividade;
- Desatenção;
- Baixa autoestima;
- Baixo desempenho escolar.
Em crianças com TDAH, o professor particular tem um papel muito importante, pois ele pode observar os sintomas e deve fazer mediações pontuais. Além disso, o TDAH também pode abranger diferentes déficits cognitivos, transtornos do aprendizado ou transtornos invasivos. Nesse sentido, o TDAH também pode vir junto de outros distúrbios que serão discutidos ao longo do texto.
Ao lidar com crianças com esse transtorno, precisamos pensar em interdisciplinaridade, ou seja, diversas intervenções pedagógicas e psicopedagógicas, como:
- Jogos com regras;
- Brincadeiras de representação (teatro);
- Atividades com uso do corpo;
- Atividades de relaxamento e concentração.
Dislexia
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), a dislexia é considerada um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica. Portanto, ela se caracteriza pela dificuldade no reconhecimento das palavras e na habilidade de decodificação e em soletração. Sendo assim, a criança passa a ter um déficit no desenvolvimento fonológico da fala e possíveis outras habilidades cognitivas.
Alguns sinais na pré-escola:
- Dispersão;
- Fraca evolução da atenção;
- Atraso na evolução da fala e da linguagem
- Problema em aprender rimas e canções;
- Fraca evolução da coordenação motora;
- Problemas com quebra-cabeças;
- Falta de interesse por livros impressos.
Alguns sinais na idade escolar:
- Problema na aquisição e automação da leitura e da escrita;
- Pobre saber sobre rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras);
- Desatenção e dispersão;
- Problema em copiar de livros e da lousa;
- Problema na coordenação motora fina (letras, desenhos, pinturas etc.) e/ou grossa (ginástica, dança etc.);
- Desorganização geral, constantes atrasos na entrega de trabalho escolares e perda de seus pertences;
- Confusão para nomear entre esquerda e direita;
- Problema em manusear mapas, dicionários, listas etc.;
- Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas;
É necessário e possível fazer intervenções pedagógicas em alunos com Dislexia, não há como existir um padrão de ensino para esses alunos. No entanto, a intervenção particular deve ser uma prioridade para quem deseja ajudar essa criança.
Disgrafia
Já a disgrafia refere-se ao transtorno de aprendizagem que afeta a qualidade de escrita do aluno, assim como ao traçado e a grafia. Geralmente esses alunos apresentam uma caligrafia com problemas, com letras pouco produzidas e às vezes mal acabada, o que diversas vezes é chamado de “letra feia”. Durante o processo de alfabetização é importante que o professor particular dê uma atenção especial e forneça conselhos durante o processo da escrita para os alunos, a fim de evitar uma possível disgrafia.
Existem causas diferentes para a disgrafia, sendo algumas delas:
- Distúrbio associado à motricidade fina e ampla, juntamente com a falta de coordenação. Às vezes a intenção de fazer da criança acaba sendo diferente do que ela consegue realizar;
- Distúrbio na coordenação visomotora, associado ao problema no acompanhamento visual do movimento dos membros superiores e/ou inferiores;
- Erros pedagógicos relativos a falhas no processo de ensino com estratégias ruins pelos professores ou por falta de conhecimento do assunto;
- Problema na ordem do espaço-temporal (direita/esquerda, frente/atrás/lado e antes/depois).
Vários autores criam atributos em comum para alunos com disgrafia. É importante saber que um ou dois atributos não são suficientes para confirmar o distúrbio. A princípio, a maioria das crianças possui quase todas as condutas.
- Letras muito grandes (macrografia) ou muito pequenas (micrografia);
- Escrita muito rápida ou muito lenta;
- Traçado enorme e grosso, o que acaba por às vezes rasgando o papel, ou muito suave e ínfimo;
- Forma das letras diferente;
- Espaço irregular das letras ou das palavras;
- Borrões e erros que quase não dão chance de compreender o que está escrito (apesar da própria criança conseguir entender);
- Falta de ordem geral do texto e/ou da folha.
São exemplos:
Uma das maiores intervenções que o professor pode fazer é realizar o reforço positivo. Ou seja, elogiando a letra do aluno, celebrando suas conquistas e avanços, mesmo que sejam escassos. Em relação à evolução psicomotora, é bacana trabalhar a postura, o controle corporal, a percepção espaço-temporal, lateralização e coordenação visomotora.
Já em relação à melhoria da grafia, o professor pode usar de alguns recursos como:
- Atividades pictográficas (desenhos, pinturas e modelagens);
- Corrigir a forma, tamanho e inclinação das letras;
- Corrigir a inclinação da folha e das margens.
Podemos acrescentar também que estipular momentos para relaxar podem ajudar seu filho ou aluno a reduzir os níveis de estresse, frustração e baixa autoestima.
Disortografia
É a dificuldade de aprendizagem que se manifesta com um conjunto de erros da escrita, mas que não afeta a grafia e o traçado. São problemas persistentes e recorrentes da criança escrever e desenvolver textos escritos. Bem como a complicação de se organizar, compor e estruturar os textos escritos. A escrita torna-se pobre e com diversos erros.
Possíveis causas:
- Problemas na memória, percepção auditiva, visual e também no espaço-temporal;
- Planos de ensino ruins ou falta de conhecimento das regras de ortografia. E também ao uso de poucas técnicas para a evolução da escrita e não respeito pelo ritmo que o aluno aprende;
- Problemas de linguagem (articulação, pronúncia);
- Déficit ou baixo nível intelectual, já que a criança não consegue dominar as operações de lógica para o saber e evolução dos sons das letras e palavras.
O que podemos perceber é que crianças com esse distúrbio apresentam pouca vontade de escrever, os textos são pequenos, com falta de ordem e pontuação errada. De uma forma regular, o ponto mais comum são os erros ortográficos. Citando alguns:
- Não coloca “m” antes de “b” ou “p”;
- Esquece de iniciar as frases com letras maiúsculas;
- Ignora as regras de pontuação;
- Omite, adiciona ou faz inversão das letras, sílabas ou palavras;
- Une as palavras (“ocarro, ao invés de “o carro”), junta sílabas que pertencem a palavras diferentes (“odiatodo”), ou fazem separações incorretas;
- Não consegue associar grafemas os fonemas e acaba trocando as letras sem qualquer sentido;
- Omite a letra h, pois ela não tem valor sonoro.
Se tratando de alunos com disortografia, não tem como definir um modelo único e concreto de intervenção. Em outras palavras, faz se necessário variedades técnicas que levem em conta não só a correção dos erros ortográficos. É também preciso considerar avanços na percepção e memória auditiva, visual e espaço-temporal.
Recursos que podem ser usados como intervenção:
- Músicas com diferentes tons, melodias e ritmos para a descriminação auditiva;
- Exercícios para reconhecer os erros ortográficos;
- Dar preferências a respostas orais;
- Exercícios de separar fonemas, sílabas, soletração, análise de frases e formação de famílias das palavras;
- Permitir que esses alunos tenham mais tempo para realizar seus exercícios e provas;
- Exercícios de noções, estruturações e organizações espaciais;
- Conhecer os atributos individuais desses alunos e a forma como aprendem.
Discalculia
A discalculia é considerada a dificuldade de aprendizagem que interfere na disciplina de matemática e nas outras não. É uma desordem neurológica que afeta na compreensão de entender e manipular os números. Nesse sentido, os alunos levam muito tempo para realizar as operações básicas (somar, subtrair, multiplicar, dividir) e às vezes não conseguem resolver uma operação que parece simples. Então, observamos que nem sempre é preguiça ou falta de interesse, mas sim discalculia.
As causas para a discalculia ainda estão sendo estudadas. No entanto, autores da área já indicam que são várias aptidões como a neurologia, a linguística, a psicologia, a genética e a pedagogia envolvida. Uma criança com discalculia apresenta problemas em vários níveis, seu ritmo é muito lento e usam os dedos para contar. Além disso são vistos problemas como:
- Compreensão e memorização de conceitos matemáticos, fórmulas ou regras;
- Sequenciação de antecessor e sucessor;
- Uso do compasso e da calculadora (reconhecer os símbolos matemáticos);
- Compreensão nas unidades de medida;
- Na conservação de quantidades;
- Tarefas que lidem com dinheiro;
- Diferença entre esquerda, direita e as direções (norte, sul, leste e oeste);
- Tarefas que trabalhem a passagem de tempo (olhar as horas em um relógio analógico);
- Problema de compreender e resolver operações matemáticas.
Quando acentuado os problemas, a criança pode até desenvolver fobia à matemática.
Sabemos que a matemática é uma disciplina muito importante e que é usada no dia a dia. É rotina lidar com números e cálculos. Então cabe ao professor desmistificar a matemática ao aluno com discalculia e trazer diferentes recursos para que eles trabalhem a matemática.
São exemplos de recursos:
- Jogos de níveis;
- Manipulação de materiais concretos: material dourado e formas geométricas;
- Uso da calculadora;
- Acesso a tabuada.
Autores como Igor Sacramento estabelece que o diagnóstico de discalculia dura um ano. Visto que a criança está em constante evolução e que os problemas do ano anterior podem ter sido superados. Com o estímulo e intervenção adequada a chance de evolução na matemática é grande.
A importância do professor particular para alunos com distúrbios de aprendizagem

É importante ressaltar aqui, a diferença entre dificuldade de aprendizagem e distúrbios de aprendizagens. A dificuldade de aprendizagem representa, diversas vezes, dificuldades passageiras, sem comprometimento neurológico e muitas vezes ligada à metodologia de ensino. Já o distúrbio de aprendizagem ou dificuldades de aprendizagem específicas podem ser caracterizadas pela perturbação do processo de ensino-aprendizagem.
Portanto, consideramos que envolve uma disfunção específica, geralmente neurológica e/ou neuropsicológica. Sendo assim, o conceito de distúrbio de aprendizagem se relaciona à visão médica, orgânica, e possui o sentido restrito ao atraso na aquisição da leitura, escrita e cálculos.
Agora que já definimos o que é distúrbio de aprendizagem, podemos compreender um pouco melhor o que essas crianças e jovens precisam de um auxílio maior do que a escola regular pode oferecer. Lembrando que o AEE e o professor particular não podem substituir a convivência que só a escola regular pode oferecer, sendo assim, é obrigatório que a criança também frequente a escola.
Todavia, a criança com algum distúrbio e ou outros tipos de dificuldade de aprendizagem, como problemas de comunicação, problemas emocionais ou físicos (visão, mobilidade), exigem mais estímulos para conseguir alcançar habilidades do que crianças neurotípicas.
Entretanto devo salientar que a formação do professor particular precisa ser contínua, pois a demanda para atender alunos com distúrbios de aprendizagem é grande. Contudo, nem sempre os pais conseguem encontrar um profissional adequado. Especializar-se, realizar cursos para se preparar e conseguir receber esses alunos com metodologias e intervenções adequadas é um diferencial que valoriza o professor particular.
Toda ajuda é bem-vinda
Seja em alunos com distúrbios neurológicos de aprendizagens ou crianças com aprendizagens passageiras, pais peçam ajuda, se informem e contratem bons professores particulares. Nem sempre a escola regular será capaz de suprir a necessidade do seu filho, e tudo bem, pois cada criança apresenta um ritmo e aprende diferente.
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O que muitas vezes é um sofrimento para a criança, poderá ser sanado com bom respaldo pedagógico. Em outras palavras, precisar de um professor particular não o torna menos capaz, mas sim alguém que precisa ser mais conhecido e com grande potencial de evolução que ainda não foi incitado de forma correta.

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