Uma dificuldade comum entre as crianças é a dificuldade para aprender a ler nos seus primeiros anos de vida. Dessa forma, o aprendizado da leitura deve ocorrer desde a alfabetização, o que estimula essa prática ainda quando novos.
A princípio, a alfabetização em si pode ser considerada como a primeira forma de contato que a criança tem com a educação formal. Nesse processo, ela pode aprender que o estudo é uma tarefa que compensa e estimula.
Inclusive, dependendo dos métodos adotados e explicações usadas, os educadores podem ajudar as crianças que estão aprendendo a ler. Por esse motivo, se você é mãe, pai ou educador, é importante conhecer uma metodologia bacana de alfabetização.
Desde já, essa metodologia faz com que a criança aprenda a ler com jogos educativos, tornando a experiência mais interativa. Diante disso, lembre-se sempre de que esse cenário lida com a realidade de uma criança não alfabetizada.
Isto é, procure pensar como ela assim que se depara com um texto, e pense em como você pode ajudá-la. Em síntese, o momento em que a criança está aprendendo a ler é decisivo para os seus próximos anos de vida, tendo em vista que a leitura é essencial.
Sendo assim, separamos algumas informações importantes sobre o tema, com o fim de trazer à tona dicas para crianças que estão aprendendo a ler. Então vamos conferir?
Existe uma idade certa para aprender a ler e escrever?
No dia a dia, nos deparamos com diversas situações na alfabetização das crianças. Uma delas é a questão sobre uma idade
certa para aprender a ler e escrever.
Nesse contexto, algumas pessoas reclamam que o processo é demorado, em outros casos não foi nem iniciado ainda. Mas claro que existem casos em que a criança já está aprendendo a ler antes dos outros colegas.
Afinal, cada um tem o seu próprio tempo de evolução, e isso deve ser respeitado. No geral, vemos que as crianças aprendem a ler e escrever antes de a escola decidir por isso.
Sendo assim, desde o momento que uma criança começa a ter contato frequente com materiais escritos, e percebe isso, ela já começa a tentar decifrar as palavras.
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No geral, as crianças iniciam com a imitação, ou seja, se os adultos estão fazendo e dizem o que as coisas significam, elas começam a
tentar.
Então, o processo de desenvolvimento de percepção ocorre, e é justo por ele que as crianças aprendem a ler. Dessa maneira, percebe-se que muitos neuropediatras e profissionais da área sugerem o período ideal de ensino de leitura e escrita entre os 4 e 7 anos.
Mas essa é apenas uma sugestão, levando em conta que cada um possui a sua própria evolução cognitiva. Além disso, é legal destacar que existem alguns pré-requisitos para que esse aprendizado à leitura comece.
Desse modo, essas condições seriam: evolução da linguagem oral, coordenação motora fina, abstração e outros. Uma vez que não é possível que uma criança aprenda a ler, na maioria dos casos, se ela não aprendeu ainda a andar e a falar.
Quais são os conceitos no aprendizado da leitura?
Ao longo do processo de aprendizado da leitura, os educadores e pais podem fazer de algumas metodologias interessantes, as que pareçam mais eficientes. No entanto, a própria educação infantil já nos traz alguns conceitos importantes para esse momento, e é o que trataremos a seguir.
Assim, perceba que a alfabetização se trata de um processo de aquisição do sistema de escrita. Por isso é tão importante dominar alguns conceitos, para que a execução ocorra da melhor forma.
Então, confira abaixo o significado do princípio alfabético, consciência fonêmica e consciência alfabética.
Princípio alfabético na leitura
A priori, é bom destacar o princípio alfabético, que é uma representação de todos os fonemas por grafemas – os sons da fala pelas letras.
De fato, conhecer as formas e os nomes das letras é o primeiro passo na alfabetização, na medida em que apresenta relação com outra capacidade.
Esse outro poder seria de lembrar (e não memorizar) as formas das palavras, entendendo-as como sequências de letras.
Entretanto, se a criança estiver aprendendo a ler e não conseguir conhecer os sons das letras e as palavras, logo, será difícil aprender o nome das letras.
Até porque as crianças só conseguem aprender o princípio alfabético quando apresentam o poder de reconhecer as letras.
Caso o princípio alfabético não seja bem desenvolvido, as crianças precisarão de uma instrução dedicada a nomear, identificar e escrever as letras.
Dessa forma, a partir do momento que as crianças já consigam conhecer e nomear as letras, o processo de aprendizado dos sons e grafias pode iniciar.
Portanto, vemos que o intuito da instrução fonética é dar o auxílio fundamental para a criança que está aprendendo a ler a relacionar letras e sons.
Consciência fonêmica
Destaque-se que a consciência fonêmica é a consciência dos diversos sons de fala. Dessa maneira, a consciência fonêmica ajuda no aprendizado da escrita, desenvolvendo os níveis de consciência fonológica.
Sendo assim, o processo de alfabetização (aprendendo a ler e escrever) não se resume ao princípio alfabético. Esse princípio foca nos fonemas, mas a conscientização fonêmica busca explicar a composição da fala e como ela é importante nesse processo.
Quando uma criança está aprendendo a ler, é bom direcionar a fala em fonemas e desenvolver técnica na manipulação dos sons da fala.
Logo, a consciência fonêmica será primordial para reconhecer e manipular os sons, por meio de tarefas com rimas, por exemplo.
Desse modo, é aqui que começa o processo de contagem do número de sílabas nos nomes, conhecer as sílabas e segmentar a frase com as palavras.
Conclui-se que a consciência fonêmica está ligada ao entendimento de que os sons da fala podem formar as palavras.
Logo, a palavra “fônica” está dentro do princípio alfabético, isto é, no conceito que as letras nos trazem a partir do som da linguagem falada.
Desse modo, as crianças que não estão conseguindo ouvir os fonemas, podem apresentar certo problema no aprendizado das letras escritas.
Consciência alfabética
A consciência alfabética pode ser dividida em consciência de palavras e silábica.
Consciência de palavras
Na consciência de palavras, vemos que a criança que está aprendendo a ler demonstra habilidades de visualizar uma frase como sequência de palavras.
Isso faz com que essa criança veja a relação entre as palavras e a frase, colocando cada letra e palavra onde deveria, até fazer sentido na comunicação escrita e oral.
Logo, é importante que haja um estímulo em relação ao treinamento da consciência de palavras.
Nesse incentivo, você pode apostar na contagem dos vocábulos em uma frase, e começar a bater palmas a cada vocábulo. Destaque-se que a consciência de palavras se relaciona com a necessidade da síntese auditiva da criança.
Consciência silábica
Por outro lado, temos ainda a consciência silábica, em que a criança deve se atentar às características sonoras das palavras. Aqui é importante ressaltar que isso ocorre quando a criança consegue conhecer, de forma plena, a sílaba.
Sendo assim, as tarefas que ocorrem na consciência silábica são tidas como jogos, em que a criança pode brincar com as palavras.
Um exemplo disso é quando a criança retira a primeira sílaba de uma palavra, como se fosse um quebra-cabeça, desenvolvendo a consciência de forma lúdica.

Quais as melhores metodologias para usar com quem está aprendendo a ler?
Ao falar sobre metodologia de ensino para crianças que estão aprendendo a ler, estamos nos referindo a um rumo que eles devem ter. Ou seja, a metodologia é o conjunto de meios que os pais ou educadores fazem uso ao transmitir o seu saber para os alunos.
Desse modo, cada professor adota um método que acha mais eficaz, buscando sempre ajudar de maneira válida os seus alunos. Assim como os pais, que seguem uma linha de educação que julgar mais bacana.
Portanto, essa metodologia é uma soma de ações voltadas para o ensino. Então, com esse método, os professores lidam com o conhecimento transmitido.
Nesse cenário, não há o que se falar em melhor metodologia, e sim a que melhor atender às suas carências. Pensando nisso, trouxemos algumas metodologias como exemplo para que você se inspire.
Metodologia tradicional de ensino
A metodologia tradicional é aquela em que os alunos são os ouvintes e o professor age como um narrador.
Para que o professor conclua se os alunos estão ou não melhorando no aprendizado, ao final de um certo período, são aplicadas provas com nota.
O professor, aqui, é o ator principal, detentor do saber e deve ser tratado como autoridade máxima. Dessa maneira, os alunos estão a todo momento sendo movidos a aumentar suas notas, atingindo uma média imposta pela escola.
Método analítico
O método analítico é o mais usado, se baseando na análise fragmentada das palavras, unindo as partes e dando a elas um
significado.
Então, as letras e os sons são explicados, e depois eles são mantidos em diferentes combinações, gerando as sílabas, em seguida as
palavras e, por fim, as frases.
Com isso, o método analítico é o mais usado hoje em dia, com a vantagem de ser um modo simples de oferecer resultados rápidos. Por outro lado, a sua desvantagem é que esse método incentiva uma leitura mais mecânica e não estimula a compreensão das palavras em si.
Método sintético ou global
O método global se baseia no trabalho com a palavra toda, sempre ligando a um significado, aprendendo primeiro o sentido da palavra e depois a combinação das sílabas.
No geral, esse método envolve imagens que representam o significado, como a palavra “cachorro” e, antes de fazer o trabalho com as sílabas, mostrar a foto de um cão.
O benefício é que esse ensino é usado desde muito novo (como 3 anos de idade) e a criança tem uma percepção avançada das palavras, não de uma forma mecânica. Mas a desvantagem é que é mais comum aparecer erros de ortografia e a criança pode sentir problemas para aprender a sílaba.
Como ensinar crianças que estão aprendendo a ler?
Como os professores se deparam com uma gama de métodos de ensino, é normal se sentir confuso em relação a melhor opção para adotar. Dessa maneira, concluímos que a melhor solução para ensinar crianças que estão aprendendo a ler seria complementar os métodos.
Assim, você pode otimizar a aprendizagem da leitura, combinando as ações que sentirão mais eficácia em sala de aula com os alunos.
Logo, se a sala de aula é composta por alunos de 3 anos, apostar em imagens e na associação das palavras ao significado é uma boa.
Contudo, se os alunos têm de 5 a 6 anos, um ótimo método pode ser começar com ortografia, analisando as palavras segmentadas.

As etapas da alfabetização
O período em que a criação está passando pela alfabetização é primordial para a sua evolução como ser humano. Até porque nesse momento podemos falar de assuntos básicos, que apresentam a sua necessidade ao longo da vida. Dessa maneira, a alfabetização pode ser dividida em quatro partes:
- Pré-Silábico;
- Silábico;
- Silábico-alfabético;
- Alfabético.
Pré-silábico
Na primeira fase, a criança já cria uma percepção em relação a sua escrita, e como isso tem relação com a comunicação oral. Desse modo, ela tenta se arriscar com a escrita, reproduzindo essa tentativa por meio de desenhos e rabiscos.
Ressalte-se que, nesse momento, a criança ainda não consegue de fato relacionar todas as letras com o som da língua que nós falamos.
Então muitas vezes as letras ainda não possuem uma relação direta com a palavra que eles querem falar. Sendo assim, o professor que já tem uma certa experiência consegue “desvendar” melhor do que se trata.
Silábico
Já na fase silábica, a criança percebe a relação que as letras têm com o que ela está falando. Portanto, ela consegue interpretar a sua letra e atribui o valor a cada sílaba, em que cada sílaba seria uma letra, para a criança.
Silábico-alfabético
Se a criança já está na fase silábico-alfabética, ela entende que as sílabas não são apenas letras, reconhece os fonemas e as associa às palavras. Então, aqui, o seu aluno começa a entender as sílabas, mas não por inteiro, porém já é um avanço em relação à fase anterior.
Alfabético
Por fim, a última fase é a alfabética, em que a criança consegue reproduzir de maneira adequada os fonemas das palavras, sendo a
escrita convencional.
É claro que nesse momento existe uma margem de erro, mas nada de anormal que não possa ser corrigido. Logo, os erros mostram que a criança está, ao menos, tentando evoluir e aprender a ler e escrever.
Aprendendo a ler com jogos educativos
Com o avanço da tecnologia, as crianças, hoje em dia, dominam mais os celulares do que os próprios adultos. Com isso em mente, muitos profissionais da área de jogos pensaram em atrelar a educação com a vontade que as crianças têm de jogar, elaborando jogos educativos.
Para as crianças que estão aprendendo a ler, um bom jogo é o “Ler é uma brincadeira”, em que as crianças corrigem palavras nas histórias que estão escritas erradas.
Um jogo educativo físico muito conhecido é o “Charada”, em que o tabuleiro vem com muitas figuras, desde animais e objetos, até comidas. A brincadeira gira em torno de ler as fichas que trazem consigo uma charada, devendo encontrar a resposta de cada pergunta.
Outro jogo educativo é o “Ler e contar”, sendo ideal para aqueles que ainda estão aprendendo a ler. O objetivo é que o jogador aprenda a ler, com ensinamentos sobre o alfabeto e as sílabas, além de precisar completar as palavras.
Para aprender sobre sílabas, também há o “silabando”, que ajuda com o aprendizado de maneira lúdica, simples e divertida. O jogo apresenta sílabas complexas e simples, trazendo sempre um exemplo de palavra junto com uma imagem da sílaba em questão.
Por fim, trouxemos o jogo “ABCDário”, em que as crianças encontram fotos de animais junto com vogais. E no áudio uma voz pergunta qual a figura que começa com determinada letra.
Todos esses jogos são encontrados na Play Store, App Store e internet.
Os melhores livros para quem está aprendendo a ler
Quem não se emociona ao ver o filho, tão pequeno, já aprendendo tantas coisas? A fase da alfabetização é especial, já que nela as
crianças têm um dos aprendizados mais importantes de toda a vida: a leitura.
E para estimular ainda mais o processo, nada melhor que ter em mãos livros para aprender a ler e treinar a compreensão e interpretação.
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Aliás, esse incentivo, no início, é essencial. É por meio dele que a criança começa a se importar ainda mais pelas histórias e pelos
demais saberes.
Além de estimular a sua criatividade, ela adquire mais destreza no aprendizado dos conteúdos dos próximos anos escolares.
“O dia de Chu”, de Neil Gaiman
Você já imaginou um urso panda com alergia? Pois nessa história, Chu não pode espirrar, senão coisas ruins acontecem.
Seus pais se preocupam e precisam saber, antes, quando será o próximo espirro. Isso os faz pensar duas vezes antes de sair de casa.
Acontece que Chu tem um dia cheio: biblioteca, almoço, circo. Quando será o próximo espirro? E o que de tão ruim pode acontecer?
O ritmo narrativo, bem-humorado e com palavras pequenas, entretém. Repetições e detalhes chamam a atenção da criança. O livro entrou para a lista dos mais vendidos do The New York Times.
“Uma letra puxa a outra”, de José Paulo Paes
Uma forma diferente de ensinar o alfabeto, pois o livro é cheio de pequenas rimas com narrativas, que prendem a atenção. Dessa maneira, há meiguice nas palavras e um pouco de diversão também.
É um dos mais aptos para quem está nos primeiros passos da leitura. Certeza de que você não se arrependerá desse investimento.
“Lá vem história”, de Heloísa Prieto
Esse livro é uma coletânea de contos. Cada página, uma história. Tem “O negrinho do pastoreio”, “Macunaíma”, “Mágicos pintores da
antiga China”, entre tantos outros.
Então, são vários heróis para inspirar os pequenos, em narrativas que instigam a imaginação.
Uma ideia aqui é ler para o filho uma história por dia, já que essa é uma forma de influenciá-lo também.
“Um mundo chamado alfabeto”, de Marco Hailer
Quantas coisas cabem em um alfabeto? “Um mundo chamado alfabeto” traz essa reflexão, sendo um ótimo livro para aprender a ler.
Com isso, ele leva as crianças a descobrir um mundo onde todas as letras podem se combinar e, sendo assim, se transformar em outras coisas.
Aqui, as palavras rimam e cantam, envolvendo os pequenos nas histórias.
“Borba — o gato”, de Ruth Rocha
Uma das mais renomadas escritoras infantis, Ruth Rocha, já foi conhecida pelo seu talento em vários momentos, pois seus personagens são cheios de inteligência e cativam crianças de várias idades.
Na história, Borba é um gato que tem um cachorro como amigo, e eles passam por várias aventuras. Dessa forma, a grande lição é: pessoas diferentes podem ser amigas e juntas vencerem vários obstáculos.
As frases são um pouco mais longas aqui, o que exige mais atenção. Assim, é indicado para crianças não muito pequenas.
Enfim, essas foram nossas dicas de livros para aprender a ler, portanto, não se esqueça de que a leitura ajuda bastante a desenvolver
habilidades necessárias para toda a vida.
Dentre essas habilidades, está o enriquecimento do vocabulário, estimula a criatividade, facilita a interpretação de texto, desenvolve a inteligência emocional e cognitiva e traz mais consciência sobre o mundo.
A importância da presença dos pais leitura dos filhos que estão aprendendo a ler
O pensamento de que a educação e o aprendizado só devem ocorrer nas escolas é muito errado. Na verdade, a escola e os pais devem andar de maneira harmônica em busca da evolução pessoal das crianças.
Dessa maneira, é importante que os pais acompanhem o progresso dos seus filhos na aprendizagem, além de incentivar a leitura. Tudo por começar com a leitura de um dos pais – ou os dois, se preferirem – de histórias.
Com isso, quando a criança aprender a ler, ela vai querer fazer isso sozinha, e vai evoluir com a leitura de livros dos mais diversos
gêneros.

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