O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) está se tornando um dos temas mais falados hoje em dia. Então vamos entender melhor sobre o tema?

Esse é um transtorno com causa genética, que aparece com mais frequência na fase da infância. No entanto, ele continua ao longo da vida, passando por diversas fases dela.
Dito isso, destacamos que o TDAH pode ser reconhecido a partir de alguns sintomas principais, tais como a desatenção, impulsividade e certa inquietude. Inclusive, é possível chamar o TDAH também de Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA).
Por que entender o que é TDAH?
Ao contrário do que muitos pensam, o TDAH já possui reconhecimento oficial de diversos países, além da própria Organização Mundial da Saúde (OMS).
Desse modo, em alguns dos países que reconhecem o TDAH, os portadores do transtorno têm proteção legal e recebem tratamento especial nas instituições escolares.
Além disso, não existe nenhuma questão em relação à existência do TDAH, logo, é preciso ter um cuidado e atenção especial em relação ao transtorno.
É bom destacar até que existe um Consenso Internacional – publicação científica divulgada após debates específicos – sobre o tema.
No entanto, ainda encontramos muitas pessoas que não acreditam no TDAH, seja por falta de informação ou por má-fé, devido à criação.
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Por conta dessa crença errada, algumas pessoas insistem em dizer que o TDAH seria uma invenção dos médicos. Isso tudo a fim de obter maiores lucros no que se refere a investimentos.
Ademais, devemos esclarecer que o TDAH é um transtorno muito comum nas crianças e jovens que buscam por serviços psicológicos específicos. Inclusive, é uma questão frequente nas clínicas.
A porcentagem de ocorrência é de 3 a 5% entre as crianças, dentre as regiões do mundo inteiro. Vemos que esse transtorno continua na vida inteira e os sintomas podem ser mais brandos, como a inquietude. Vamos entender melhor a seguir sobre o TDAH.
Como identificar o TDAH
Para identificar o TDAH deve-se entender sobre como esse transtorno funciona, bem como as suas principais características e demais informações.
Principais Características de quem tem TDAH
Dentre as principais características que podemos perceber no TDAH, é possível citar a desatenção e a hiperatividade-impulsividade.
A desatenção, como o nome já nos propõe, prevê que a criança tenha certa dificuldade em se concentrar em algo por muito tempo. Já a hiperatividade-impulsividade dispõe sobre a relação que as crianças têm com outras pessoas (crianças, professores etc.).
Desse modo, as crianças com TDAH são tidas como “avoadas” ou “estabanadas”, até mesmo com muita energia. Isso tudo pelo fato de não ficar quieta por muito tempo.
É normal vermos que os meninos têm os sintomas de hiperatividade e desatenção com maior frequência. Já na adolescência, vemos problemas em relação à conduta, em especial a dificuldade de seguir regras e limites.
E, por fim, na fase adulta, os portadores de TDAH têm problemas com a desatenção em questões profissionais e pessoais, sendo mais esquecidos. Essas pessoas são mais inquietas, parecem mais relaxadas e impulsivas (sempre sofrendo antes do momento).
Além disso, os portadores do transtorno são tidos como egoístas, tendo problemas mais comuns com alguns assuntos do dia a dia. Os principais exemplos são o uso de álcool ou droga.

Tipos de TDAH
O TDAH pode apresentar diferentes sintomas, dependendo do portador desse transtorno. Sendo assim, é possível dividir em três tipos, como hiperativo-impulsivo, desatento e misto ou combinado.
Hiperativo-impulsivo
O tipo TDAH hiperativo-impulsivo é aquele em que a criança sente uma vontade maior de se movimentar de forma constante. Nesse caso, eles são mais inquietos e com problemas de se manter sentados.
Ao perceber essa interação da criança com outras pessoas nota-se que ela fala demais, interrompe quem está falando no momento e completa as frases antes mesmo de concluir o raciocínio.
Desatento
Já o tipo TDAH desatento demonstra que a criança comete erros frequentes devido a falta de cuidado. Afinal, eles têm certa dificuldade em ter atenção.
Dessa forma, os comandos dados a eles, como instruções sobre o que fazer, quase sempre não são respeitados. Além disso, as crianças com esse tipo de TDAH não têm tanta boa memória, se distraindo fácil e perdendo objetos de forma recorrente.
Misto-combinado
Por fim, o terceiro e último tipo de TDAH é o misto-combinado, que demonstra diversos sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade.
Seja qual for o tipo de TDAH que a criança tenha, ela precisa ser acompanhada da melhor forma tanto no dia a dia em casa quanto no ambiente escolar.
Causas do TDAH
Em muitos casos ao redor do mundo, vemos que o TDAH pode predominar dependendo dos fatores culturais – a educação que os pais dão, por exemplo -, mas em outros casos, seria resultado de questões psicológicas.
É possível afirmar que os portadores desse transtorno demonstram uma alteração na parte frontal do cérebro, bem como com as suas conexões dessa região inteira.
Dito isso, a região frontal orbital seria uma das mais desenvolvidas das pessoas, quando comparamos com espécies diversas. Essa parte é responsável por inibir o comportamento.
Ao falar sobre a inibição das condutas, estamos falando sobre o controle de quaisquer comportamentos inadequados. Mas essa região frontal também é responsável pela memória, atenção, planejamento e autocontrole.
Dessa maneira, a alteração dessa região do cérebro está ligada ao funcionamento dos neurotransmissores (em especial a dopamina e a noradrenalina).
Essas substâncias químicas passam informações para as células nervosas, que são os neurônios. Nesse cenário, existem algumas causas que devem ser investigadas, tais como:
Hereditariedade
Os genes não são responsáveis pelo TDAH, mas pela predisposição ao transtorno. A priori, eles são suspeitados com base na análise das famílias que possuem esse transtorno, juntamente com os parentes.
Dessa maneira, o resultado foi que o transtorno é mais frequente nas famílias que têm parentes com TDAH. Logo, nos deparamos com a recorrência familiar, em que as crianças afetadas podem ser percebidas em média de 2 a 10 vezes mais em relação à população geral.
Contudo, assim como ocorre em qualquer transtorno comportamental, vemos uma frequência maior nas famílias que influenciam a desatenção ou hiperatividade. Isso acaba excluindo a ideia dos genes.
Nesse sentido, foi necessário comprovar que essa recorrência familiar era devido a predisposição genética. Portanto, não analisamos apenas no que se refere ao ambiente.
Destaque-se, então, que o TDAH não fala sobre determinações genéticas, mas sim nas predisposições, ou até mesmo na influência genética. O que ocorre é que esses transtornos apresentam predisposição genética envolvendo diversos genes.
Não há o que falar na existência de um só gene específico do transtorno, podendo ter níveis distintos de atividade, sendo que alguns interagem entre si ou não. Desse modo, também é perceptível uma maior incidência de depressão ou transtorno bipolar.
Ademais, os portadores de TDAH apresentam, não como regra, abuso de substâncias alcoólicas e drogas.
Substâncias ingeridas no período da gravidez
O período da gravidez deve acompanhar alguns cuidados especiais, sendo os principais deles evitar substâncias como álcool e nicotina. Isso porque o uso pode alterar algumas partes cerebrais do bebê, incluindo a então parte frontal orbital.
Sendo assim, alguns estudos mostram que as mães que ingerem álcool têm mais chances de ter filhos com desatenção e hiperatividade, podendo ser TDAH. Ressalta-se que essas pesquisas indicam a associação entre todos esses fatores, e não uma relação de efeito e causa.
Sofrimento fetal
Além do que já foi exposto, ainda é bom destacar que as mulheres com algum problema na hora do parto, que causou sofrimento fetal, apresentam mais chances de bebês com TDAH.
Essa não é uma relação de causa muito clara. Afinal, pode ser que exista um descuido e, por isso, a predisposição ao transtorno. Por outro lado, outra explicação é a carga genética que a mãe tem, que passa para o seu filho, influenciando nos problemas na hora do parto.
Exposição frequente ao chumbo
Outra causa comum dos sintomas do TDAH é a exposição ao chumbo. As crianças que sofrem uma intoxicação devido o chumbo, por exemplo, podem demonstrar sintomas parecidos com o transtorno.
No entanto, não precisa realizar nenhum exame de sangue a fim de medir a quantidade de chumbo na criança com o transtorno. Até porque essa questão é fácil de identificar por causa do histórico clínico.
Problemas na família
Por fim, trouxemos os problemas na família como causa do TDAH. Isso engloba um grau alto das discórdias conjugais, mas também às casas com somente um dos genitores ou a falta de instrução por parte dos pais.
Essas dificuldades no ambiente familiar podem ser a causa do TDAH, sendo um dos motivos mais frequentes que explicam esse transtorno.

TDAH tem cura?
Infelizmente, o TDAH não tem cura. Alguns dos sintomas do portador, porém, podem ser reduzidos de maneira natural. Com os cuidados na fase da adolescência e adulta, você reduz os sintomas.
No entanto, 50% dos portadores do transtorno, em média, ainda têm os mesmos sintomas ao longo de toda a vida. Por conta disso, se faz necessário o tratamento ainda quando criança. E, se não puder, é importante fazer quando adolescente.
Ou seja, o tratamento não ocorre somente com um profissional, mas sim com uma equipe completa, com atuações diversas. Dessa forma, essa equipe pode ajudar das mais diferentes formas, envolvendo psiquiatras, pedagogos e psicólogos.
Por essa razão, é de suma importância que haja um tratamento especializado, em que os pais, família e educadores saibam como educar essa criança ou adolescente.
Como é o tratamento para TDAH?
O tratamento para o TDAH pode ocorrer das mais diferentes formas. O importante, entretanto, é que haja uma equipe multidisciplinar, atuando em diversas áreas.
Orientação dos psicólogos
A terapia, com certeza, é um excelente caminho para começar o tratamento do TDAH. Pois, apesar de não ter cura, o portador do transtorno poderá lidar melhor com os seus sintomas.
Como as terapias se dividem em alguns ramos, a priori, a melhor opção é testar essas modalidades distintas. Essas modalidades podem ser terapia cognitiva, de comportamento, no fonoaudiólogo e envolvendo educação e psicologia.
Até porque, com esse suporte, as crianças que apresentam TDAH buscam ajuda no controle de suas emoções. Alguns exemplos são seus impulsos e a lidar com emoções fortes (como tristeza e alegria).
No caso dos adolescentes, a terapia ajuda com a baixa autoestima, planejamento e organização profissional. Além disso, é possível controlar melhor a impulsividade.
Medicamentos
O uso de medicamentos pode se tornar necessário dependendo do quadro de saúde que esse portador de TDAH apresente. Inclusive, a principal razão para inserir o uso de medicamentos é o(s) sintoma(s) que a criança sente, surgindo como um calmante.
Encontra-se nesses medicamentos os elementos necessários para diminuir a impulsividade, hiperatividade, melhorar a concentração e aprendizado. Destaque-se, ainda, que esses medicamentos devem ser ministrados a partir da prescrição médica.
Logo, é vedada a automedicação nos casos de TDAH ou outro transtorno, pois isso pode afetar os sintomas. Isso prejudica a evolução do tratamento e estimula alguns efeitos colaterais. Inclusive, os medicamentos só serão prescritos quando os profissionais que o acompanham julgar como necessário.
Mudança frequente de hábitos
Além dos exemplos trazidos acima, a mudança frequente dos hábitos de uma criança ou adolescente com TDAH podem ajudar a tratar o transtorno. Para isso, deve existir uma ação conjunta, unindo a terapia e o uso de medicamentos quando necessários.
Nos dias de hoje, uma das principais mudanças é a alteração nos alimentos ingeridos, como a redução da ingestão de cafeína, açúcar e afins. O objetivo é controlar esses sintomas do TDAH.
Além disso, diversos estudos demonstram que treinar e praticar atividades físicas que exigem esforço podem melhorar a conduta da criança. Sem contar em um melhor funcionamento cognitivo, a exemplo da corrida ou da natação.
Dessa maneira, os portadores de TDAH são indicados à prática regular de exercícios físicos. Assim, eles melhoram o seu rendimento nos ambientes profissionais e pessoais.
O TDAH afeta o aprendizado?
O TDAH pode afetar o aprendizado, principalmente por conta da desatenção, onde a criança não consegue se concentrar no assunto estudado.
Dessa forma, o comportamento afetado pelo TDAH envolve ainda a capacidade de aprender. Sendo assim, a escola tem um papel fundamental no sentido de organizar o ensino.
Os educadores, portanto, devem estar a par sobre as dificuldades advindas desse transtorno, a fim de planejar melhor as suas estratégias e ajudar seus alunos com TDAH.
Algumas das atitudes mais importantes nesse momento são a identificação dos talentos das crianças com TDAH e montar uma rotina. Não se esqueça de reduzir as distrações que os alunos têm em sala de aula.
Nesse contexto, é bom esclarecer que o TDAH não é um transtorno de aprendizagem. Apesar de o TDAH afetar esse processo, em especial no que se refere à atenção concentrada e ao funcionamento cognitivo. Dito isso, vemos que a interferência do TDAH é no substrato cognitivo, responsável por tornar possível a aprendizagem no geral.
Consequências do TDAH na aprendizagem
Caso a criança com TDAH não realize o tratamento, a desatenção será um sintoma que atrapalha a memória. Isso, portanto, implica em prejuízo no ensino.
Então, se o aluno perde a atenção com muita facilidade, é provável que ele não consiga aprender, afinal, não manteve o foco quando necessário.
Por conta disso, é bom ter um certo cuidado nessa formação de memória operacionais, que são a curto prazo, e depois consolidada como longo prazo. Outra consequência do TDAH no ensino é que esse transtorno deixa o aluno mais lento.
Dessa forma, se o processamento de informações é menor, em termos de velocidade, essa criança não conseguirá acompanhar o ritmo da aula como os seus colegas. Inclusive, devemos destacar que as crianças com TDAH podem aprender como as outras que não possuem o transtorno.
Por isso, não significa que esse aluno com TDAH necessita ser diferente em relação aos outros colegas, mas sim que ele precisa de estratégias no processo de aprendizagem. Esse suporte, então, serve para ajudar a criança com TDAH a focar e permanecer desse jeito.
Portanto, dentre as ações dos educadores com esses casos, podemos citar uma rotina bem elaborada para estudar e estar por dentro dos medicamentos usados e já prescritos. Essas atitudes levam a um resultado: o estímulo cognitivo.
Transtornos de aprendizagem
Como foi dito acima, o TDAH não é um transtorno de aprendizagem. Na verdade, esses são dois transtornos diferentes, que apresentam as suas distinções notórias.
Dessa maneira, o transtorno de aprendizagem indica que a criança tem dificuldade em algum tipo de aprendizado. As mais comuns são a dislexia e a discalculia.
Sendo assim, a dislexia se trata de um transtorno que prejudica a leitura e a produção escrita, em especial. Logo, as crianças disléxicas têm uma grande dificuldade no ensino por meio da leitura. Os educadores, no entanto, podem tentar as instruções de forma oral.
Inclusive, esses alunos não conseguem colocar as suas ideias em um papel de forma fácil. Ou seja, o conteúdo que aprendeu, mas poderá ser mais fácil a expressão na modalidade oral.
Inclusive, uma situação até frequente é que as crianças com dislexia consigam resolver cálculos de matemática quando estão diante de contas montadas. No entanto, caso eles precisem interpretar esse cálculo, apresentam dificuldade, sendo quase impossível concluir o raciocínio.
Por outro lado, a discalculia é o transtorno que prejudica o raciocínio no sentido lógico-matemático. Então as crianças podem apresentar dificuldades ao se deparar com cálculos abstratos, como as definições de quantidade ou contar os números em si.
A importância do apoio familiar e escolar no processo de aprendizagem de alunos com TDAH
Uma criança ou adolescente com TDAH deve ter o apoio familiar, onde os pais devem buscar informações profissionais acerca do tema.
Então, esse núcleo familiar passa por uma processo de conhecimento e estudo, podendo ser por meio de vídeos ou livros, mas também com os profissionais que acompanham a criança.
Isso porque cada profissional tem a sua técnica de aplicar os conhecimentos psicológicos. Logo, além de apoiar, os pais e responsáveis devem estar em harmonia com os métodos da equipe multidisciplinar.
Dessa forma, ao receber um diagnóstico adequado da situação do TDAH com a sua criança, eles devem priorizar a paciência e persistência, além de seguir os comandos dos profissionais de confiança.
Com isso, o primeiro passo é a busca por uma avaliação médica, priorizando sempre a psiquiatria e afins, cujo destaque é na fase da infância ou adolescência.
É preciso que esses profissionais apliquem práticas necessárias ao auxílio e orientação das crianças com TDAH, mas todos os ambientes também precisam seguir esse método.
Sendo assim, a criança com TDAH precisa de um acompanhamento médico, familiar e escolar. O objetivo desse apoio é para que ela execute as suas atividades de forma mais fácil. No geral, o ensino se trata de uma tarefa desafiadora, e quando se tem crianças com TDAH, os cuidados devem ser ainda maiores.
Como a escola pode trabalhar com alunos com TDAH em sala de aula?
O TDAH é um transtorno que afeta muitas crianças, sendo algo comum. Portanto, por esse motivo, os educadores devem se adaptar e saber como lidar com esses alunos. Como já foi dito acima, dentre os principais sintomas das crianças com TDAH podemos citar a impulsividade e desatenção.
Por conta disso, esses alunos têm certo prejuízo na escola, quando a instituição não sabe lidar com essas questões. Pensando nisso, confira algumas estratégias pedagógicas que os educadores podem aderir. O intuito é diminuir os obstáculos que os alunos com esse transtorno enfrentam todos os dias.
Os sintomas de atitude impulsiva e desatenção fazem com que a criança desperte mais dificuldade na hora de se concentrar nas aulas. Logo, não criam raciocínio permanente.
Varie a rotina dos estudos
A primeira estratégia passa por variar a rotina dos estudos, tendo em vista que esses alunos podem se dispersar mais rápido, inclusive se entediar com que o professor está falando.
Por esses motivos, na escola, varia um pouco a rotina diária, focando nos métodos que ajudam para uma melhor concentração por parte das crianças com TDAH.
Nesse sentido, alguns estímulos audiovisuais, a exemplo dos livros coloridos, que consigam abordar o ensino de outra forma mais lúdica, prendendo o interesse dos alunos.
Um ponto importante a ser destacado é que as crianças com esse transtorno apresentam uma resposta mais rápida nos casos de aprendizagem prática. Ou seja, nesses casos, aposte em oralidade, e não tanto em escrita.
Então pedir às crianças um desenho do que está sendo ensinado, levá-las ao laboratório ou se desejar trabalhar a escrita envolve um computador. Uma dica também muito importante na avaliação da rotina de ensino é a de interpretar a história que está sendo contada.
Incentive a parte prática do ensino
Além da rotina de estudos, também se deve incentivar a prática do conteúdo, afinal, as crianças com TDAH não conseguem memorizar de modo tão fácil.
Por outro lado, vemos que essas crianças esquecem com uma certa rapidez o conteúdo que acabou de ser ministrado. Então tente não deixar a aula tão monótona, colocando mais desafios para esses alunos.
Dito isso, é nítido que quando esses alunos com TDAH recebem uma instrução, pode ser que esqueça logo em seguida. Por isso, é bom incentivar a repetição em sala de aula, até porque isso exige uma atenção especial da criança em relação ao que está sendo dito.
Ademais, apostar em um método desafiador e prático, no qual o aluno com o transtorno faça um pequeno resumo da aula no final, ou também pode ser que ele, de alguma forma, fale com os seus colegas o que ele aprendeu.
Passe um comando por vez
Já falamos que os alunos com TDAH não se concentram com facilidade, e quando o fazem podem se entediar muito rápido. Pensando nisso, uma boa solução é dividir a atividade em algumas partes definidas, pois isso evita que ocorra uma confusão na cabeça da criança.
Logo, é bom passar um comando por vez sobre o que ele deve fazer. Mas é bom fazer contato visual com o aluno sempre que falar com ele. Inclusive, o comando deve ser claro e objetivo, estabelecendo um prazo para cada instrução.
Reforço positivo para crianças com TDAH
O reforço positivo é uma estratégia primordial ao lidar com alunos com TDAH, que consiste nos comentários positivos sempre que ele acabar alguma tarefa. Pode-se limitar a palavras de incentivo, mas também a prêmios se preferir. Nunca opte por comentários negativos ou críticas.
Isso porque os alunos com esse transtorno devem ser encorajados a todo momento, sentindo que encontram no professor o suporte necessário. Ao destacar os erros da criança, reduz a relação que ele tem com as outras crianças e a deixa com baixa autoestima.
Se ele errou, fale de forma branda e amigável que ele poderia ter feito de outra forma. Deixe claro que da próxima vez ele pode tentar de uma forma diferente.
Tenha uma comunicação amigável com a família dos alunos com TDAH
Ao lidar com alunos portadores de TDAH, é preciso que essa criança tenha uma rede de apoio muito forte. E a melhor forma de fazer isso é estreitando boas relações com a família. Assim, a criança poderá se desenvolver da melhor forma em todos os ambientes, desde a escola até no seu lar.
Inclusive, com essa boa comunicação, a família estará por dentro do que pode ou não ser feito diante das atitudes da criança, se informando melhor sobre o transtorno.
A orientação aos pais vai melhorar o processo de ensino da criança. Isso também ajuda na organização e na memorização de quais materiais levar para a escola.
O relacionamento com os pais é essencial para um bom aprendizado, afinal, as crianças com TDAH têm um incrível potencial e inteligência. Porém precisam da atenção necessária para se desenvolver melhor.

As melhores metodologia para potencializar o ensino de alunos com TDAH
É importante apostar em técnicas que melhorem a memória dos alunos com TDAH e que prendam a sua atenção. Além de investir nos comandos divididos, faz com que ele repita o mesmo comando para os colegas, até que ele mesmo fixe na cabeça o que deve fazer.
Após o término de uma tarefa, o aluno com o transtorno deve ouvir que ele teve um ótimo desempenho. Isso melhora o desenvolvimento da aprendizagem.
Nesse sentido, alguns educadores entendem como “enganar” os alunos com TDAH, mas, na verdade, esse é um incentivo para que essas crianças se sintam estimuladas a continuar os estudos.
Sempre que possível, e com um certo equilíbrio, é bom oferecer aos alunos e a turma inteira uma tarefa diferente do comum. Sabemos que nem sempre é possível incluir atividades lúdicas, mas quando possível faça isso.
Ressalte-se que a turma inteira deve receber essa atividade diferente, e não somente os alunos com TDAH. Afinal, o que precisa ocorrer é a inclusão, e não uma divisão clara entre os alunos de uma mesma sala de aula.
Abordagens criativas para alunos com TDAH
Uma abordagem criativa para os alunos com TDAH é apostar em “mini” teatros. Ou seja, ao contar uma história para as crianças, veja se é possível fazer uma apresentação.
Vá além e faça com que os alunos sejam os personagens da história. Sendo assim, eles estarão por dentro da história, se interessando por livros e artes.
Inclusive, o teatro é uma arte que deve ser incentivada a todos, até porque não só os alunos com TDAH não se dão bem com leitura. Crianças sem o transtorno podem não aprender a partir da leitura ou da escrita. Mas isso não significa que não haja outras opções de ensino para os alunos.
Por outro lado, outra arte que pode ser estimulada no ambiente escolar é a música. Nesse caso, o educador pode investir em karaokê.
Quando as crianças cantarem, elas precisam entender como se formam as palavras. Sendo assim, escolha músicas que elas já conhecem, conversando com os pais.
Além disso, a comunicação com a família aqui é primordial, pois em casa ele também pode brincar de karaokê, incentivando a leitura e a fala.
Desse modo, a partir da música a criança pode prestar atenção nos instrumentos e nas melodias, se interessando por aprender a tocar violão, piano etc.
Esse já é o incentivo que você estava precisando para um desempenho incrível das crianças com TDAH.
Vantagens das aulas particulares para alunos com TDAH
O TDAH implica em uma grande atenção na escola, entre outras consequências. Logo, se concentrar é uma tarefa desafiadora para os alunos que têm o transtorno.
Por conta disso, é importante refletir sobre como o reforço escolar individual ou as aulas particulares podem ajudar essa criança.
Em uma sala de aula, o educador precisa lidar com várias crianças ao mesmo tempo, e nem sempre é possível tratar como deveria o aluno com TDAH.
No geral, vemos que a aula particular é uma ótima saída no que se refere a contribuir no ensino da criança. Afinal, ela pode criar uma relação muito boa com esse professor particular.
Ao longo das aulas particulares, os principais benefícios que a criança pode usufruir é ter uma relação mais próxima com professor e trocar ensino com frequência. Com isso, o educador pode analisar melhor os resultados.
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Isso ocorre porque essas crianças precisam de um estudo personalizado, a fim de prender melhor e por mais tempo a atenção no conteúdo ministrado.
Nas escolas, o aluno deve desenvolver os conhecimentos mais gerais, sem a certeza de que ele realmente está aprendendo alguma coisa naquele período.
Com isso, é notória a melhora das relações pessoais entre a criança e os seus colegas, além de familiares. No entanto, é de suma importância destacar que esse aluno precisa de um acompanhamento específico não só de um professor particular, mas também de um profissional da psicologia, ajudando na evolução da criança.
Dificuldades do aluno com TDAH na escola
Vemos que as crianças com TDAH passam por alguns obstáculos recorrentes no ambiente da escola. Principalmente pelo fato de que o aluno não recebe toda a atenção necessária.
Sem essa atenção, ele se sente mais disperso e apresenta alguns problemas com atenção, se desconcentrando com muita facilidade.
Como vemos que muitos professores ainda não se prepararam para esse tipo de situação, ou seja, lidar com alunos com o transtorno, a consequência a essa criança pode passar por algumas dificuldades na escola, sendo que a principal é ser ligada como um rebelde.
Uma curiosidade interessante é que os pais dos alunos com TDAH reclamam de forma frequente sobre o aprendizado na escola, em que a criança não consegue absorver nenhum conteúdo por não ter uma certa atenção especial em relação a esses alunos.
Quando nos deparamos com profissionais da educação que não estão preparados para esse cenário, o comum de acontecer é que haja uma exclusão. Em alguns casos, até mesmo um tratamento tão especial faz com que os outros colegas se sintam ameaçados, de alguma forma.
Para diminuir essa exclusão, o melhor a ser feito é que a instituição promova cursos e palestras sobre o tema. Convoque, então, os profissionais da educação e os pais, não só das crianças com TDAH. O respeito em relação a esse transtorno deve ser geral, até para que as outras crianças entendam sobre o assunto.

Aulas online para alunos com TDAH
O ensino remoto é um verdadeiro desafio para os educadores e para os alunos, mas como isso impacta o processo de ensino dos alunos com TDAH? A adaptação às aulas online ocorreu devido à pandemia do novo coronavírus. Agora, devemos respeitar o isolamento social.
Dessa forma, as aulas online para alunos com TDAH deveriam ocorrer em harmonia com o tratamento psicológico – também remoto. Isso com um eventual alinhamento em relação aos professores e os terapeutas.
Nesse cenário, a melhor forma de ter um bom rendimento é colocando filmes e músicas nas atividades de casa, o que integra as tarefas e os conteúdos da sala de aula.
No geral, o ensino para uma criança com TDAH já é difícil, afinal, as escolas não se preparam para tal, na maioria das vezes. Logo, o aluno não recebe o ensino que deveria.
No caso do ensino a distância (EAD), é de suma importância que a família e a escola adeque às suas necessidades. Isso ao notar quais as habilidades e as dificuldades que a criança apresenta.
Após essa análise, essa união entre a família e a escola deve se preocupar em criar atividades com adaptação. Portanto, todos devem oferecer o apoio para que o aluno obtenha êxito nas tarefas.
Uma dica sobre a metodologia é que a aula deve ser dividida em tópicos, em que cada seção será abordada em um período máximo de 15 minutos.
Nesses 15 minutos, o professor explica o tema e depois disso deve incluir algo mais lúdico, de forma a prender a atenção das crianças. Nesse momento, a criatividade é o que fará toda a diferença, sendo uma característica primordial nas aulas online.
As melhores atividades para se realizar com alunos com TDAH
Por fim, após analisar alguns pontos de vista diferentes dentro da mesma situação, vemos que os alunos com TDAH se dão melhor com alguns tipos de atividades. E por isso veja algumas opções para que você analise.
Exemplos de atividades para alunos com TDAH
A primeira atividade que merece destaque é o jogo da memória, tendo em vista a concentração mais dispersa que essas crianças apresentam. Com o jogo de memória, esse aluno poderá treinar e se concentrar melhor.
Logo, nesse jogo, você pode incluir animais, cores, objetos, frutas, enfim, quais itens preferir. Desde que tenham algo marcante que ajude a criança a memorizar mais fácil.
Outra atividade muito boa para incluir no ensino aos alunos com TDAH é a pintura ou argila, por ser algo lúdico e que prende a atenção da criança. Na pintura, o aluno com TDAH poderá descobrir um novo lado mais criativo, levando essa atividade para casa.
Aposte também na montagem de blocos, em que a criança precisará pensar para encaixar os blocos nos seus devidos formatos. Isso incentiva o raciocínio lógico dos pequenos.
Além disso, incentive a prática de esporte para que o aluno gaste energia e consiga se concentrar nas tarefas que recebe. Inclusive, nos esportes é preciso seguir instruções, o que ajudará essa criança a entender o que deve ser feito ou não.
Por fim, incentive a leitura para essas crianças, como o exemplo citado anteriormente do teatro. Fazer com que os alunos se tornem os personagens de uma história será a união entre o ensino e a diversão.

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