Ler, de fato, é uma prática essencial para o nosso dia a dia. Mas, além disso, é um prazer usufruir da leitura de um livro, por exemplo. A leitura, inclusive, é fundamental para viajar, estudar e conhecer novas culturas. Então saiba como ensinar a ler.
No entanto, a leitura, apesar de poder ser ensinada, deve ser habituada de forma frequente. Sendo assim, saiba que as crianças devem aprender a ler desde crianças. Ou seja, a prática de leitura precisa começar na fase infantil.

Isso significa dizer que a alfabetização infantil deve ser tratada como crucial, a fim de tornar a leitura essencial e um ato de prazer para as crianças. Sabe-se que alfabetizar não é um desafio simples, porém hoje já existem muitos métodos para aplicar na sala de aula.
Dessa forma, o aprendizado precisa ser o mais eficiente possível, explorando as mais variadas formas de ensino. Com isso, a leitura deve ser estimulada por meio de atividades inovadoras e comportamentos.
E, sim, o comportamento também interfere na leitura, em especial em relação ao ambiente que a criança está inserida. Vamos conferir algumas formas de ensinar a ler.
Quando começar a ensinar uma criança a ler?
Dentre os marcos na vida de uma criança, podemos citar a alfabetização como um dos primeiros. Por isso os pais e educadores se questionam sobre uma idade correta para começar a ler.
Isso vai depender da evolução que a criança tem. É muito comum ver crianças com cinco anos e que sabem já ler, e outras de sete que ainda estão criando a noção de palavras.
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O importante é que nesse momento os pais não pressionem a criança com base no avanço de outras da mesma idade. Afinal, cada pessoa tem o seu próprio tempo e isso deve ser respeitado.
Sendo assim, a comparação com outras pessoas não vai adiantar de nada – inclusive, pode atrasar a evolução. Dessa forma, incentive o seu filho e aluno a entender que ele tem o seu tempo para ser alfabetizado.
O início da alfabetização e a vida escolar
A priori, você deve entender que não existe uma relação entre o início da vida na escola e o começo da alfabetização de uma criança. Isso porque as crianças costumam frequentar o ambiente escolar antes de aprender a escrever ou ler.
Por esse motivo, nos primeiros anos de educação infantil, os alunos aprendem por meio de estímulos variados, como a exploração do tato, música, cores e outras formas. Isso tudo sem contar com a socialização, pois está em contato com alunos e professores.
Todo e qualquer estímulo pedagógico é de suma importância para o início da alfabetização. Assim, o aprendizado será natural e se desenvolve sem muitos problemas.
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
Ao comentar sobre a melhor idade para ensinar a ler, é impossível não citar o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Esse pacto é o que rege o posicionamento do governo brasileiro hoje em dia.
Dessa maneira, o pacto foi firmado pelo governo no ano de 2012, a fim de atingir a meta de crianças alfabetizadas. A meta tem como resultado a alfabetização das crianças até o 3° ano do ensino fundamental.
Por conta disso, entendemos que o Brasil espera do ensino público a alfabetização das crianças até 8 ou 9 anos.
Existe idade “certa” para ensinar a ler?
Diante do exposto até o momento, fica o questionamento se, de fato, existe uma idade correta para ensinar a ler. E, como vimos acima, a evolução das crianças é individual e varia de acordo com cada um.
Sendo assim, muitos fatores podem influenciar a idade mais adequada para ler, como a cultura, o meio inserido e as relações sociais que a criança cultiva. Um exemplo disso é quando o pequeno começa a dar os primeiros passos.
Alguns bebês já começam a dar os seus passos com 10 meses, e outros somente depois dos 14 meses. Isso não é um atraso, e sim a evolução pessoal que cada criança está seguindo.
Em se tratando do processo de alfabetização, algumas escolas começam a introdução de letras com crianças que tenham de 4 a 5 anos. Isso pode ajudar bastante no futuro, por iniciar o processo de alfabetização desde os 6 anos.
A depender do currículo da escola, o processo pode ser mais cedo ou mais tarde. Porém você já sabe que a meta do governo é alfabetizar todas as crianças até o 3° ano do ensino fundamental. Então, seja qual for a grade curricular, isso não torna nenhuma criança mais inteligente do que a outra.

Como começar a ensinar uma criança a ler?
O processo de ensino de leitura é dividido em diversas etapas, sendo o primeiro deles a alfabetização. Vamos explorar algumas formas de começar o aprendizado da leitura.
Processo de alfabetização
Os primeiros passos que ajudam no processo de aprendizado da leitura estão na alfabetização. Desse modo, é de suma importância apresentar desde cedo os benefícios do ato de ler. Por isso, o primeiro direcionamento deve ser demonstrar a relação entre os objetos e a escrita.
A importância dessa relação é porque, ao aprender um novo idioma, é comum não entender a escrita. Isso também ocorre com os adultos, quando desejam iniciar os estudos de uma nova língua.
Então, compreender o que é escrito pode ser muito difícil, inclusive para as crianças. Por conta disso, a melhor forma de começar essa alfabetização é por meio das imagens e da sua relação com a escrita.
No início, as letras não formam uma palavra, e sim um símbolo para as crianças.
O que são letras?
A alfabetização consiste, pelo menos no primeiro momento, na apresentação das letras, e o que diferencia os símbolos e os desenhos delas. Nesse momento, é bom que as crianças tenham um contato com símbolos e letras, além de entenderem do que se tratam.
Após esse primeiro passo, as crianças devem entender mais sobre a leitura, e como começar a ler – da esquerda para a direito. Sendo assim, você deve acompanhar a criança na leitura e ensinar a sua estrutura. Uma dica é colocar o dedo da criança nas palavras, explicando a ordem de leitura.
A criança pode ter o seu primeiro contato com as letras nesse momento, usando atividades lúdicas, jogos, músicas e histórias curtinhas. Essa é uma prática que vai facilitar o aprendizado, introduzindo aos poucos vogais, fonemas e então as palavras.
Conte histórias
Depois que a criança entendeu o que são as vogais e os fonemas, agora ela deve compreender a escrita, começando pelo seu nome. O próprio nome é a identidade da criança, e depois o nome dos parentes e amigos.
Nesse sentido, a contação de histórias pode ser um passo decisivo. É por meio das histórias que as crianças têm contato com o alfabeto, fixação das vogais e formar palavras. As vantagens desse momento não se resumem ao ensinamento da leitura, mas também a relação com o prazer de ler.
Com o tempo, as crianças já vão começar a ler sozinhas, mas claro que depois de um certo ritmo e frequência. No entanto, a própria criança vai ter o seu tempo para aprender a ler. Não é bom cobrar de forma excessiva uma leitura impecável.
No início, é normal não respeitar as regras de pontuação ou possíveis entonações corretas. A frequência da leitura tornará essa prática melhor.
O que diferencia o letramento da alfabetização?
O letramento e a alfabetização trazem conceitos muito parecidos, porém eles dois possuem processos distintos. Em resumo, a alfabetização tem uma relação íntima com o aprendizado por meio da escrita alfabético-ortográfica; já o letramento é muito mais amplo.
A origem do letramento começou a partir de uma ampliação progressiva da alfabetização. Por isso, uma pessoa pode ser considerada como alfabetizada a partir do momento que domina a escrita e a leitura. Em outra perspectiva, o letrado é aquele que aplica essa habilidade no seu dia a dia.
Desse modo, ser inserido nas práticas de leitura, e escrita, pode ser muito complicado no início. Um termo que deve ser espalhado é o de alfabetismo funcional, que é quando uma pessoa não sabe aplicar as técnicas de leitura. Por exemplo, não sabe interpretar um texto.
Não basta saber ler se não souber interpretar. Por isso que o letramento e a alfabetização são complementares entre si. Dominar a leitura e a escrita é o primeiro passo, depois disso é bom aplicar essas técnicas no seu cotidiano.
Quais as melhores formas de ensinar uma criança a ler?
Existem algumas boas formas de ensinar uma criança a ler. Afinal, a alfabetização, como foi dito acima, é dividida em algumas etapas. E a depender da fase que a criança se encontre, as tarefas serão diferentes.
Portanto, você pode usar no início da alfabetização algumas atividades como:
- A palavra “tal” começa com qual letra?;
- Diga-me uma palavra que inicia com “tal” letra?;
- Use jogos na internet;
- Livros com pontilhos;
- Músicas que envolvem as letras do alfabeto;
- Caça-palavras;
- Palavras cruzadas.
Com a introdução de sílabas, também é possível avançar nas brincadeiras, envolvendo níveis avançados de aprendizagem. Nessa situação, envolva jogos que constroem palavras, até para criar uma noção de vogais e consoantes.
Outra boa dica é mostrar objetos que aparecem na vida da criança todos os dias. Um erro muito comum é usar exemplos de coisas que nós não temos contato, como animais de outros países.
Como ensinar uma criança a ler de forma online?
Como o ensino online tem crescido bastante, e com previsão de permanecer, é importante entender formas de ensinar uma criança a ler nessa modalidade. Use a tecnologia ao seu favor, ou seja, aproveite os vídeos para ensinar a ler.
Muitos vídeos hoje em dia já têm lições que ajudam na leitura, em especial nos primeiros anos de vida. Se você quiser, uma opção é editar os seus próprios vídeos e torná-los mais interativos, com cores diferentes e letras bem grandes.
A diferença de ensinar a ler e escrever para uma criança e um adulto
É possível citar muitas diferenças entre o ensino da leitura para uma criança e para um adulto. A primeira delas é a vivência que um adulto tem.
O adulto está, a todo momento, em contato com as pessoas e com objetos diferentes. Por isso, quem está por perto acaba falando o nome dos objetos, o que pode ajudar bastante na hora de escrever ou ler – devido o seu contato prévio.
Já no caso das crianças, elas ainda estão começando a explorar a vida humana, e por esse motivo não conseguem identificar com facilidade os objetos.
Na hora de ensinar, a metodologia pode ser a mesma, ao menos no início, com o uso de fotografias. No entanto, o conteúdo ensinado pode ser diferente, assim como os exemplos usados, mas sempre com o mesmo objetivo.
As melhores atividades de como ensinar uma criança a ler
É possível ensinar uma criança a ler com objetos muito simples do seu dia a dia, e esse estímulo é fundamental. Sempre que for possível, os pais e os professores precisam incentivar a leitura. Pensando nisso, trouxemos as melhores atividades de como ensinar a criança a ler.
Atividades que tenham figuras com pregador de roupa
A primeira atividade que temos a recomendar é ter figuras com pregador de roupa, por ser uma opção lúdica. Para isso, use cola (em bastão ou líquida), um pregador de roupa, caneta permanente, lápis de cor e uma revista de capa dura.
Mas você não precisa se limitar a revistas. Inclusive, use também impressões criativas, como figurinhas e demais opções. Essa atividade é muito simples, e pode ser um passo fundamental para a alfabetização.
Lata de letras
A atividade de lata com letras é simples e estimula a concentração, reconhecimento de som e das letras. Para isso, é necessário apenas uma lata (que pode ser de plástico), faça uma abertura e coloque as letras do alfabeto. Com isso, a criança vai tirando letra por letra, associando às palavras.
Pratos com sílabas
Outra atividade é o prato com sílaba, sendo necessário somente de pratos descartáveis, podendo ser colorido ou transparente. Depois disso, use uma caneta com retroprojetor e escreva em cada pratinho. Não se preocupe com a confecção, pois é muito simples.
Jogos das vogais
O jogo das vogais também é outra atividade feita de forma artesanal. Para essa tarefa, é preciso dispor de vasos de flores, depois é só colocar letras nessa flores. Depois disso, inclua figuras para começar o jogo.
O intuito é fazer com que a criança faça a relação entre as letras e as figuras.
Os melhores jogos educativos de como ensinar uma criança a ler
Os jogos educativos trazem diversos benefícios consigo, como uma melhor comunicação, compreensão da leitura e motivação. Afinal, os jogos são mais interativos.
O primeiro exemplo de jogo educativo é o de formar palavras, que tem uma tabuleiro, junto com as letras. Nesse caso, a criança deve entender como se formam as palavras, sendo o primeiro passo para começar a criar frases.
Outro jogo é o jogo da memória com sílabas, que é parecido com o formato comum, mas com sílabas. Ou seja, aqui a criança vai formar palavras a partir das sílabas que encontrar no jogo.
No entanto, o jogo de memória convencional também pode ser uma ótima alternativa, usando imagens e palavras.
Como ensinar a ler: crianças com distúrbios de aprendizagem
Os educadores estão a todo momento suscetíveis a encontrar crianças com distúrbios de aprendizagem. E para esses momentos é necessário contar com alguns métodos para ensinar a ler. Dito isso, vamos conferir algumas formas de ensinar crianças com distúrbios de aprendizagem a ler.
Saiba que, a priori, é comum lidar com certas dificuldades. Até porque, como o nome já nos propõe, esses distúrbios significam que a criança não tem facilidade para aprender. Além disso, é muito provável que os métodos convencionais não funcionem.

O que é dificuldade em aprendizagem?
Você deve entender o que é a dificuldade em aprendizagem, pois não é o mesmo que os distúrbios. Essa dificuldade está relacionada aos mais diversos motivos, como os métodos de pedagogia, a metodologia aplicada, o ambiente e o contexto da vida dessa criança.
Assim, a criança com dificuldade na aprendizagem pode aprender, sim, porém em uma forma não tão convencional. Esse é um termo que se refere a forma de aprendizagem, que costuma ser uma barreira cognitiva, cultural ou até mesmo emocional.
Como estamos lidando com questões pedagógicas, essa situação deve ser resolvida no ambiente da escola.
O que é distúrbio de aprendizagem?
Por outro lado, temos o distúrbio de aprendizagem, que já deve ser tratado com mais receio que a dificuldade. Isso porque as crianças com distúrbio de aprendizagem podem ter um padrão abaixo do que se espera da idade. Essa expectativa tem a ver com a capacidade cognitiva que a etapa escolar costuma exigir.
Esses distúrbios não têm nada a ver com o método educativo. Logo, mesmo que o educador reformule a sua forma de ensinar, os sintomas serão os mesmos. Portanto, nesses casos, é necessário que haja uma investigação aprofundada.
Principais distúrbios de aprendizagem
Para entender o tipo de abordagem, você precisa ter conhecimento sobre os principais distúrbios de aprendizagem.
O primeiro deles é a dislexia, que é a dificuldade específica na leitura, e é um dos mais comuns no Brasil e no mundo. Outro distúrbio recorrente é a disgrafia, que, como a palavra já propõe, é a dificuldade em escrever.
Por isso, é comum ver crianças com disgrafia que não escrevem corretamente, pois omitem, trocam ou acrescentam letras onde não tem.
Destaque-se também a discalculia, que afeta o aprendizado na disciplina de matemática. No geral, essa é uma dificuldade comum, pela falta de incentivo ao aprendizado de cálculos. Porém, a discalculia é muito mais séria do que uma simples confusão de números.
Além desses exemplos, também podemos citar a dislalia, que é a dificuldade na fala. Assim, essas crianças costumam apresentar alteração nos órgãos fonadores ou dificuldade ao reproduzir sons.
Por fim, outro distúrbio, e o mais conhecido da lista, é o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que traz como sintomas a falta de concentração, atos impulsivos e inquietude. Com reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), esse transtorno merece atenção e uma rede de apoio.
Passos para ensinar crianças com distúrbios de aprendizagem a ler
O primeiro passo é fazer com que toda a equipe da escola entenda como é importante cuidar de crianças com esses distúrbios, sem as distinguir. Tornar essas crianças mais especiais do que as outras pode acabar gerando uma confusão na sala de aula.
Assim, outro passo importante é capacitar os educadores e ensinar formas de contornar a situação, atingindo uma única meta. Todos os alunos precisam aprender a ler e a escrever, e os professores devem saber como fazer isso a partir de capacitações promovidas no ambiente escolar.
Se possível, a escola pode reformular a sua metodologia a fim de abranger cada vez mais alunos. Além disso, a escola pode adotar algumas ferramentas de última geração com o intuito de melhorar sua rede de apoio ao ensino.
No geral, o intuito dessa adaptação é incentivar o aluno a desenvolver suas habilidades na leitura.
Conclusão
Apesar de perceber que o Brasil apresenta uma meta de ensino (8 a 9 anos) à leitura, as crianças têm o seu próprio momento e evolução para isso. Então, de nada adianta pressionar as crianças a avançarem etapas que ainda não lhe dizem respeito. Tenha paciência!
Inclusive, os pais e os educadores devem agir em perfeita harmonia. O incentivo no ambiente escolar não é o suficiente, logo, em casa a criança também deve ser estimulada a ler. A leitura não deve e não pode ser ensinada como uma obrigação, e sim como um momento de prazer.

Ao tratar dos distúrbios de aprendizagem, as abordagens podem até ser diferentes, porém nunca sem distinguir uma criança das outras. É de suma importância que a escola incentive o conhecimento por parte dos educadores e dos outros alunos.
Mesmo na fase infantil, as crianças já devem aprender o que é respeito, e a escola pode contribuir muito com isso.
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