O artigo elenca assuntos que são importantes prestar atenção para entender melhor a geopolítica brasileira e mundial. Não perca!
Por definição, geopolítica e a relação entre território (espaço geográfico) e os processos políticos. O termo foi criado pelo cientista político sueco Rudolf Kjellén, no início do século XX. Era um contexto da reorganização territorial dos Estados europeus e sua expansão para o continente africano (período chamado de Imperialismo). Durante a Guerra Fria, muitos dos parâmetros da geopolítica atual foram estabelecidos.
Atualmente, a geopolítica aborda os diversos acontecimentos que afetam, diretamente ou indiretamente, a humanidade. Os efeitos do aquecimento global e os problemas ambientais, por exemplo. Sendo assim, iremos apontar alguns assuntos que ajudam a entender a geopolítica atual e, consequentemente, a entender melhor o mundo.
As instituições internacionais
Ao final do século XIX, várias instituições internacionais começaram a ser formadas devido à necessidade de os países em cooperar em assuntos de interesse comum. A mais conhecida delas é a Organizações das Nações Unidas (ONU), criada em 1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial, substituindo a fracassada Liga das Nações.
A ONU, como o nome já diz, é uma organização que une as nações do mundo. Ou seja, não é um órgão independente, com vontades e interesses próprios. Ela propicia as reuniões e cooperações entre os diversos interesses internacionais.
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Dessa forma, quando os noticiários apontam que “a ONU determinou” algo, é importante ter claro que foi a união dos países que decidiu ou votou em conjunto sobre tal deliberação. A partir disso, tem que se levar em consideração os interesses e relações dos países votantes, porque a ONU é dividida em seis órgãos principais, com diferentes pesos e funções.
Blocos Econômicos
Os Blocos Econômicos também exercem enorme importância política e econômica, obviamente, após o fim da Guerra Fria. Destaca-se aqui a União Europeia, que na última década tem passado por questionamentos após as crises econômicas e migratórias e a iminente saída da Inglaterra.
Pensando em Brasil, participamos de dois blocos: o Mercosul e o Brics. O primeiro, mais regional, reflete a importância e o peso que o país tem na América do Sul. O segundo, evidencia os seus interesses e objetivos internacionais. Então, qualquer mudança política envolvendo esses dois blocos também implica, direta e indiretamente, esses objetivos.
Relação EUA e China
Atualmente, as duas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China estão em uma guerra comercial, com penalizações econômicas pelos dois lados (taxas e bloqueios comerciais), há, também, trocas de farpas entre os dois governos. Recentemente, os EUA determinou o fechamento do consulado chinês em Houston, que rendeu verdadeiras cenas de filme, com funcionários chineses queimando documentos das suas atividades no local.
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A comparação com a Guerra Fria, que ocorreu entre 1945 e 1990, entre EUA e a União Soviética, é inevitável. Mas, com as suas devidas ressalvas. Afinal, a relação entre norte-americanos e chineses é bem diferente da que ocorreu no século passado. Principalmente por causa do contexto mundial ser completamente diferente.
Crise da democracia liberal
Provavelmente você já ouviu sobre a crise de representatividade política que o mundo encara. Isso vem acompanhado da crise dos valores democráticos e liberais que foram construídos desde o século passado. Sendo assim, temos um aumento de governos de pretensões autoritárias e conservadoras.
Como exemplo, temos alguns países do Leste Europeu, como a Polônia, Hungria e a própria Rússia. Além da Turquia, de Erdogan, que desde o suposto golpe sofrido em 2016 vem acumulando poderes e buscando maneiras de censurar e punir sua oposição.
A partir desse movimento, podemos justificar a eleição de governantes conhecidos como outsiders. Ou seja, pessoas de fora do círculo político tradicional – Donald Trump, nos Estados Unidos.
Oriente Médio
O Oriente Médio sempre foi um tabuleiro complexo e complicado de entender. Afinal, foi o início e palco da Civilização Ocidental, portanto, muita coisa já aconteceu nessa região.
Para te ajudar, a dica é focar nos três principais agentes da região: Irã, Arábia Saudita e Israel. A partir das relações de rivalidade e apoio entre eles, podemos compreender melhor os conflitos, muitas vezes envolvendo países na zona de influência deles. Além disso, olhar para os agentes externos e seus interesses, como os Estados Unidos, Rússia e a Europa.
As rivalidades da comunidade islâmica, que vêm desde a Idade Média; a construção dos países atuais com o fim do Império Otomano; e o fim da Primeira Guerra Mundial. O nascimento do Estado de Israel e as suas consequências também são importantes.
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Portanto, esses foram alguns pontos mais essenciais para ficar de olho nos noticiários que vão fazer com que você entenda melhor a dinâmica dessas relações e conflitos. Vale lembrar que este artigo é um recorte simplificado de alguns acontecimentos. Eles são bem mais complexos e emaranhados. A intenção, aqui, é dar luz para o início de um estudo que visa entender tais assuntos.
Dessa forma, fica a indicação de dois canais que abordam o noticiários internacional com um viés geopolítico e histórico: Xadrez Verbal, um podcast semanal que aborda as principais notícias; e o Petit Journal, outro podcast, mas diário, que também fala sobre acontecimentos políticos e econômicos.
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