Inicio o meu texto com uma simples pergunta: a educação sofre mudanças menores que outros setores? Bem, vou fazer uma analogia boba, mas que vai ajudar na compreensão do que quero dizer. Um navio, para mudar a sua rota, precisa de tempo para fazer os ajustes necessários. A educação brasileira nada mais é do que um grande navio. As mudanças que tanto desejamos demandam um grande gasto energético e, em especial, tempo. E passa pela inserção de tecnologias.

O sistema que estamos acostumados está aí há muitas décadas e é um tanto quanto conservador. Além disso, envolve o futuro de crianças e jovens. Portanto, tais mudanças têm que ser muito bem planejadas e alinhadas às tecnologias que estão entrando em voga nos últimos anos.
O impacto na educação demora acontecer pois a sociedade passa por mudanças culturais, muitas delas de difícil aceitação pelas diferentes gerações. Pode ser difícil para uma pessoa que teve uma educação tradicional na década de 1950 entender que, hoje, um jogo de computador pode ser usado para educar uma criança.
A pandemia do novo coronavírus (Covid-19), entretanto, fez com que a população refletisse sobre vários aspectos e relações no mundo. A educação, é óbvio, não ficou de fora.
É importante frisar que a educação já estava sofrendo algumas mudanças importantes em relação ao uso de tecnologias com a modalidade de Ensino a Distância (EAD) em cursos gerais e de ensino superior. A discussão sobre o EAD no ensino fundamental e médio, porém, só passou a ser feita após a suspensão das aulas presenciais neste ano.
Tecnologias usadas para engajar alunos
Lousa interativa
O uso da lousa interativa durante as aulas está em voga. Ela cria uma forma de existir interação em tempo real com os alunos. Diferente dos padrões Google Meet e Microsoft Teams, que são usados como reuniões expositivas e, em alguns casos, são indicados para aulas expositivas.
Entretanto, existem necessidades na educação a respeito da interação com os alunos. Isso faz com que entre na discussão o uso de soluções como o Miro, ou até mesmo plataformas digitais de edtechs, onde há uma interação on-line entre alunos e professores.
Gamificação
As escolas regulares usando-se de modo exclusivo das aulas online potencializou a dificuldade em motivar os alunos. Concorrer com videogames, tablets e smartphones é bem difícil. Dessa forma, a ideia da Gamificação está ganhando força como forma de engajar os alunos.
A Gamificação não é somente o uso de games, mas, sim, o uso de elementos dos jogos na educação. Sendo que as principais vantagens desse método consiste nos objetivos e recompensas, conceitos muitos trabalhados nos jogos.
Ensino híbrido
Esse conceito é o que está mais em alta. Está “hypado”, como diriam os alunos. Ele consiste em uma mescla do ensino presencial e aulas online. Hoje em dia, no Brasil, existe uma pergunta sobre o retorno das aulas.
Mas como colocar 20, 30 alunos dentro de uma sala? Pense em escolas que têm mais de mil alunos em um só turno? É ir totalmente na contramão das recomendações dos órgãos de saúde. Dito isso, o debate sobre a aplicação do ensino híbrido ganhou força nesta quarentena, pois, dessa forma, os alunos teriam aulas presenciais e virtuais.
O que percebemos com o uso da tecnologia
É muito provável que após o término da pandemia e com o retorno das atividades existirá um “novo normal”. Portanto, além de nos prepararmos para essas novas tecnologias que entraram em voga, vamos ter que nos acostumar com elas.
No entanto, fica uma importante reflexão sobre a força que as ferramentas digitais têm sobre a educação. E nem falo de um futuro próximo, mas de um presente. Se antes as aulas online eram usadas apenas pelos adultos, hoje já a vemos sendo primordial na vida acadêmica de crianças e jovens. Então, a pergunta que fica no ar é: se o “home office” é uma realidade, será que um dia teremos o “homeschooling”?

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