Os estilos de aprendizagem são a nova forma de entender como o seu filho aprende. Na vida acadêmica, por exemplo, é um recurso essencial.
Sabendo que cada ser humano funciona de maneira diferente, reconhecer como o cérebro de um aluno funciona é o primeiro passo para que ele aprenda de forma significativa.
Neste artigo, vamos trazer um olhar pedagógico para esse conceito, principalmente quando se trata de alunos neurodivergêntes.
O que é um estilo de aprendizagem?
Um estilo de aprendizagem é um conjunto de características individuais que determinam a maneira como cada pessoa prefere receber, processar, organizar e reter as informações.
Trata-se de um conceito fundamental no campo educacional, pois reconhece que os estudantes não aprendem todos da mesma forma.
Há aqueles que se beneficiam mais de estímulos visuais, outros de atividades práticas, e ainda aqueles que aprendem melhor ouvindo ou discutindo com colegas.
Entretanto, englobam aspectos cognitivos, afetivos e até mesmo fisiológicos, e estão diretamente ligados à forma como a pessoa interage com o conteúdo, o ambiente e os métodos de ensino.
Tipos de estilos de aprendizagem
Os estudos sobre os estilos de aprendizagem começaram a ganhar força a partir da década de 1970, com o avanço das pesquisas em psicologia cognitiva e educação.
Um dos primeiros teóricos a se destacar nesse campo foi David Kolb, com sua Teoria da Aprendizagem Experiencial.
Posteriormente, surgiram outros modelos, como o das Inteligências Múltiplas, proposto por Howard Gardner, e, na década de 1990, o popular modelo VARK, criado por Neil Fleming, que trouxe uma abordagem simples e prática para identificar estilos de aprendizagem no ambiente educacional.
Vem com a gente saber mais sobre cada um deles!
Teoria Aprendizagem Experiencial
David Kolb foi um dos primeiros estudiosos a mostrar que aprendemos a partir das experiências que vivemos. Segundo ele, o aprendizado acontece em um ciclo com quatro etapas: vivenciar, refletir, compreender e testar na prática.
A partir desse ciclo, Kolb identificou quatro perfis principais de aprendizes:
- Divergente: aprende melhor observando e refletindo. Gosta de atividades criativas e de explorar diferentes pontos de vista.
- Assimilador: prefere teorias, ideias e explicações lógicas. Aprende bem com leituras e aulas expositivas.
- Convergente: gosta de resolver problemas práticos. Aprende fazendo testes, experimentos e atividades mais técnicas.
- Acomodador: aprende melhor com experiências diretas. Gosta de pôr a mão na massa e aprender com a prática.
Inteligências múltiplas
O psicólogo Howard Gardner propôs um modelo que amplia o conceito tradicional de inteligência. Para ele, não existe apenas uma inteligência, como a lógico-matemática, valorizada nas escolas. Na verdade, existem várias formas de inteligência, e cada pessoa combina algumas delas com mais força.
Entre as principais estão:
- Linguística: facilidade com palavras e leitura;
- Lógico-matemática: habilidade com números e raciocínio lógico;
- Espacial: percepção visual e habilidades com imagens;
- Musical: sensibilidade a sons e ritmos;
- Corporal-cinestésica: aprende com o corpo e o movimento;
- Interpessoal: se relaciona bem com outras pessoas;
- Intrapessoal: tem boa percepção de si mesmo;
- Naturalista: gosta da natureza e de observar o ambiente.
Esse modelo ajuda a valorizar diferentes talentos e mostra que todos têm potencial, mesmo que ele não apareça nas notas tradicionais.
Modelo VARK
Entre todos os modelos, o VARK é um dos mais populares e aplicáveis na rotina escolar e familiar. Ele foi desenvolvido por Neil Fleming nos anos 1990 e classifica os estilos de aprendizagem com base em como a criança prefere receber e processar informações.
Veja os quatro estilos principais do VARK:
- Visual (V): crianças visuais aprendem melhor com imagens, gráficos, mapas mentais, vídeos e cores.
- Auditivo (A): aprendem ouvindo. Gostam de explicações faladas, músicas educativas e até de gravar a própria voz.
- Leitura/Escrita (R): absorvem melhor por meio de textos. Gostam de ler e escrever resumos, listas e anotações.
- Cinestésico (K): precisam da experiência prática. Aprendem com movimento, experimentos e atividades que envolvam o corpo.
Benefícios do VARK para alunos neurodivergentes
O modelo VARK tem se mostrado uma ferramenta poderosa no processo de aprendizagem de alunos neurodivergentes. Aqui na Luma Ensino, utilizamos esse modelo em forma de teste como base para nossas aulas personalizadas, iniciando sempre com um diagnóstico que nos ajuda a identificar o estilo de aprendizagem predominante de cada estudante.
Essa abordagem permite que o ensino seja moldado de forma mais estratégica e sensível às necessidades individuais de cada aluno, algo essencial quando falamos de crianças e adolescentes com autismo, TDAH, dislexia, entre outras condições.
Ao contrário do ensino tradicional, que muitas vezes adota uma única metodologia para todos, o VARK reconhece que cada aluno aprende de um jeito único.
E para alunos neurodivergentes, essa diferenciação faz toda a diferença: reduz a frustração, aumenta o engajamento e cria um ambiente de aprendizagem mais acessível, leve e respeitoso.
Saiba o estilo de aprendizagem do seu filho!
Na LUMA Ensino, acreditamos que nenhuma criança deve se sentir perdida ou desacreditada dentro da sala de aula. Por isso, oferecemos um ensino realmente personalizado, que respeita o ritmo, o jeito de aprender e as necessidades de cada aluno.
Ao manifestar interesse nos nossos serviços, você pode realizar um diagnóstico do modelo VARK com a gente e descobrir qual a forma que seu filho assimila mais fácil os conteúdos.