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Descubra os principais sinais que um filho neurodivergente apresenta

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Você já ouviu o termo neurodivergente, mas não sabe exatamente o que significa? Ou talvez desconfie que seu filho pense e aprenda de forma diferente, mas ainda não encontrou respostas claras. 

Neste artigo, vamos explicar de forma simples e acolhedora o que é ser neurodivergente, quais são os principais tipos, como identificar sinais na infância e quais são os desafios enfrentados por crianças atípicas.

O que é ser uma pessoa neurodivergente?

O termo neurodivergente descreve pessoas cujo funcionamento neurológico difere do considerado “típico” pela sociedade. 

A palavra surgiu no final dos anos 1990, cunhada pela socióloga Judy Singer, como parte do movimento de neurodiversidade, que defende a valorização das diferentes formas de pensar e processar o mundo.

Em vez de tratar essas diferenças como “transtornos” a serem corrigidos, a neurodiversidade reconhece que existem múltiplas maneiras de ser humano, todas válidas e com potencial.

Segundo a Harvard Health Publishing, ser neurodivergente não é uma condição em si, mas um termo guarda-chuva que inclui diversos perfis neurológicos.

Quais são os tipos de neurodivergência?

Algumas das condições mais comuns que se enquadram como neurodivergência incluem:

Transtorno do Espectro Autista (TEA)

No Transtorno do Espectro Autista (TEA), o cérebro processa informações de forma diferente, especialmente quando se trata de interações sociais e comunicação. 

As pessoas com TEA podem ter dificuldades em interpretar expressões faciais, entender normas sociais ou lidar com mudanças.

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

O cérebro de quem tem TDAH apresenta um funcionamento diferente na regulação da atenção e controle de impulsos.

A falta de neurotransmissores como dopamina faz com que a pessoa tenha dificuldade em manter o foco por longos períodos, além de agir de forma impulsiva ou hiperativa. Esse “descompasso” nos circuitos de atenção afeta a capacidade de se organizar para aprender e realizar tarefas.

Dislexia

No caso da dislexia, o cérebro tem dificuldades em associar sons às palavras escritas, o que compromete a leitura e a escrita. A principal diferença está na forma como as palavras são processadas, com um processamento mais lento e difícil entre o som das palavras e sua representação escrita.

Discalculia

A discalculia é uma dificuldade no processamento de informações matemáticas.

O cérebro de uma pessoa com discalculia tem dificuldade em reconhecer e entender conceitos numéricos, como quantidades e operações básicas. Essa disfunção nos circuitos do cérebro relacionados à matemática pode tornar tarefas simples como somar ou dividir algo muito desafiador.

Dispraxia

Na dispraxia, o cérebro tem dificuldade em organizar e planejar movimentos coordenados. Isso faz com que tarefas cotidianas que exigem coordenação motora, como amarrar o sapato ou escrever, sejam mais difíceis de executar. 

A pessoa com dispraxia pode ter dificuldades com a percepção espacial e a execução de movimentos finos e grossos, apesar de não ter um problema físico.

Altas habilidades/superdotação

Pessoas com altas habilidades ou superdotação possuem cérebros que processam informações com uma rapidez e profundidade fora do comum. Elas podem aprender mais rápido e entender conceitos complexos com facilidade. 

No entanto, o cérebro delas também pode ser sensível a estímulos externos e apresentar dificuldades em áreas como interação social, já que muitas vezes o raciocínio lógico e abstrato vem em primeiro plano, dificultando a conexão com os outros.

Transtorno do Processamento Sensorial

No transtorno do processamento sensorial, o cérebro tem dificuldades para filtrar e organizar os estímulos sensoriais. Isso significa que os sons, cheiros, texturas e até mesmo a luz podem ser percebidos de forma excessiva ou insuportável. 

Uma pessoa com TPS pode sentir dor em uma luz intensa, ficar sobrecarregada com ruídos de fundo ou ter aversão a certos tipos de toque, o que afeta a interação com o ambiente.

Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)

O TOC ocorre devido a uma disfunção nos circuitos cerebrais responsáveis pelo controle de impulsos e pela regulação de pensamentos e comportamentos. 

Isso faz com que a pessoa tenha pensamentos intrusivos e recorrentes (obsessões), que geram ansiedade, e a necessidade de realizar rituais repetitivos (compulsões) para aliviar essa ansiedade.

O cérebro, nesse caso, não consegue filtrar ou bloquear esses impulsos, criando um ciclo difícil de controlar.

Síndrome de Tourette


A Síndrome de Tourette é uma condição em que o cérebro apresenta dificuldades em controlar movimentos e sons involuntários, conhecidos como tiques. 

Esses tiques motores e vocais acontecem devido a uma falha nos circuitos do cérebro relacionados ao controle do movimento. A pessoa pode realizar gestos ou emitir sons sem querer, mesmo que esteja tentando controlar.

Cada uma dessas condições tem características específicas, mas todas envolvem formas diferentes de processar informações, emoções e estímulos sensoriais.

Como saber se meu filho é neurodivergente?

Se você percebe que seu filho aprende, reage ou se comporta de forma diferente da maioria das crianças, é natural que surjam dúvidas. No entanto, é importante lembrar que somente uma avaliação profissional pode identificar corretamente se há uma neurodivergência.

Entretanto, existem comportamentos que são alertas, como:

  • Dificuldade persistente para focar em tarefas simples;
  • Esquecimento frequente de atividades e instruções;
  • Agitação motora ou inquietação excessiva;
  • Impulsividade em situações cotidianas;
  • Atraso para começar a falar ou formar frases;
  • Dificuldade em manter uma conversa ou entender metáforas;
  • Repetição de palavras ou frases fora de contexto (ecolalia);
  • Falta de interesse em interagir verbalmente com os outros;
  • Pouco interesse em brincar com outras crianças;
  • Dificuldade em fazer ou manter amizades;
  • Reações desproporcionais a frustrações sociais;
  • Preferência por brincar sempre da mesma forma, sozinho(a);
  • Incômodo extremo com sons, luzes, cheiros ou texturas;
  • Reações intensas ao toque (evitar abraços ou roupas apertadas);
  • Fascínio ou repulsa exagerada por determinados estímulos sensoriais;
  • Insistência em rotinas rígidas ou resistência a mudanças;
  • Movimentos repetitivos (como balançar o corpo ou bater objetos);
  • Interesse muito intenso e específico por um único tema (hiperfoco);
  • Dificuldade significativa em leitura, escrita ou matemática;
  • Desempenho escolar muito abaixo (ou muito acima) da média;
  • Necessidade constante de instruções repetidas;
  • Cansaço ou frustração ao fazer tarefas escolares simples.

Se identificar cinco ou mais sinais como esse que sejam persistentes, procure por psicólogos, neurologistas ou psiquiatras.

Principais desafios das crianças neurodivergentes

Os principais desafios enfrentados por crianças neurodivergentes variam conforme o tipo de neurodivergência, mas alguns padrões se repetem. Esses desafios afetam tanto o ambiente escolar quanto as interações sociais e emocionais. Aqui estão os principais:

1. Dificuldades na comunicação e linguagem

As crianças podem ter dificuldades para iniciar ou manter uma conversa, interpretar sinais sociais sutis, ou mesmo entender as expectativas dos colegas, pais ou professores.

Isso afeta diretamente sua inserção no grupo, podendo levar ao isolamento, à rejeição social e, em muitos casos, ao sofrimento psíquico.

2. Autorregulação emocional

Neurodivergentes tendem a experimentar estímulos cotidianos com maior intensidade sons, toques, interrupções ou críticas o que pode desencadear crises emocionais que parecem desproporcionais ao contexto. 

Muitas vezes, são mal interpretadas como desobedientes, malcriadas ou manipuladoras, quando, na verdade, estão respondendo a uma sobrecarga emocional e sensorial que não conseguem regular. 

3. Incompatibilidade com o modelo tradicional de ensino

Um dos maiores desafios enfrentados pelas crianças neurodivergentes está na forma como a maioria das escolas ensina. 

O modelo de ensino tradicional foi criado pensando em um aluno “padrão”, que aprende ouvindo longas explicações, consegue prestar atenção por bastante tempo, segue instruções passo a passo e memoriza conteúdos para provas. 

Para esse tipo de ensino funcionar, é necessário que todos aprendam de forma igual. O que não é uma realidade. Muitas crianças neurodivergentes, como as que têm TDAH, autismo ou dislexia não conseguem acompanhar o ritmo imposto em aula.

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Na LUMA, nós entendemos que cada cérebro funciona de um jeito e é justamente por isso que o ensino precisa ser personalizado.

Criamos estratégias de ensino que respeitam o ritmo, os interesses e as necessidades de cada criança. Se você sente que a escola tradicional não está atendendo seu filho como ele merece, a LUMA pode ser o próximo passo. 

Entre em contato com a gente e descubra como transformar o aprendizado para seu filho neurodivergente em uma experiência leve, respeitosa e transformadora.

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